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Quinta edição do Escuta Festival no MUHCAB

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O corpo como um lugar de memória e a festa como produção de vida é assim que o Instituto Moreira Salles anuncia a quinta edição do Escuta Festival no Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB). Essa será, certamente, uma celebração à multilinguagem da arte, aliás, esta é a primeira edição que acontece fora do IMS. Na programação, oficinas de audiovisual, culinária e dança, performances, atividades infantis e atrações musicais, como DJ Renan Valle, Terreiro de Criolo e DJ Glau. A entrada é gratuita. 

Com curadoria de Erika Tambke, do Observatório de Favelas do Rio de Janeiro, Lis Freitas, do Coletivo Kambacua, e Osmar Paulino, da Uniperiferias, a edição de 2025 tem como tema central “Corpo utopia”, que nos convida a pensar: uma outra cidade é possível quando diferentes corpos criam um novo modo de existir nela? O evento gratuito integra a série de iniciativas promovidas pelo Instituto Moreira Salles em parceria com outras instituições culturais do Rio de Janeiro, enquanto sua sede na cidade está fechada para reformas.

Para Renata Bittencourt, diretora de Educação do IMS, o diferencial do Escuta está no protagonismo da cultura e de quem a produz nos diferentes territórios da cidade, “Esta é uma edição em que o Festival Escuta está no centro do Rio de Janeiro, na Pequena África. Com essa importante parceria com o MUHCAB, levamos o Escuta para um território muito inspirador para o IMS. Para nós há uma simbologia forte aí, já que o Escuta é um festival que busca trazer ao centro das reflexões e das ações protagonistas da cultura que atuam em circuitos variados e em territórios diversos com muita inventividade. Neste ano, depois de desenvolvermos atividades de formação e troca, aprendendo com parceiros como o Observatório de Favelas, a Uniperiferias e o Coletivo Kambacua, tudo parece desaguar nesta quinta edição do Escuta”, afirma. 

A construção desta edição tem relação direta com a Escola Escuta, uma plataforma educacional do IMS, criada em 2024, que oferta residência artística em uma formação permanente, sobretudo para artistas de favelas e periferias. Por isso, o público vai perceber que cada elemento do festival faz parte de três conceitos que atravessam cada detalhe da programação: Corpo e memória, trocação e terreiro. 

“A ideia é que o Escuta sempre tenha um conjunto de pensamentos e reflexões sobre a cidade como tema. Em 2025, o festival será produzido pela Escola Escuta, e uma ideia que se materializa no festival é a ideia do corpo, principalmente do corpo negro periférico, o corpo que conhece a disputa de território na cidade. E trazemos a memória como o maior legado desse corpo, o eixo ancestral que fundamenta a ação futura, como um conjunto de ações que foram perpetradas no tempo para que a gente chegasse vivo até aqui. O conceito do terreiro tem a dimensão de que a festa precisa ganhar um caráter celebrativo. E, por último, “trocação”, porque isso é o que queremos ver no Escuta, a troca entre corpos felizes por estarem vivos e disputando a cidade do Rio de Janeiro a partir do festival”, descreve Jorge Freire, Supervisor de Educação e Territórios do IMS sobre os conceitos.

Durante a tarde, a programação musical acontece com DJ Renan Valle, DJ Ruth Dias, DJ Izza Tavares, Orkestra Popular Barracão e Grupo Mineiro Pau Valdemar Madalena. 

“A diversidade é essencial para o Escuta Festival, espelhando o extraordinário mosaico de identidades, culturas e saberes que é distintiva do território carioca e do Brasil em geral. Desse modo, a diversidade se torna um parâmetro essencial de programação – diversidade de raça, de gênero e de orientação sexual, ou das próprias culturas regionais que sempre confluíram no Rio de Janeiro. Interrogar o mundo em que vivemos, assim como as possibilidades do mundo em que queremos viver, as evidências da violência e do racismo, da exclusão social, as questões da produção artística e do papel da arte neste tempo em que vivemos são pautas que caracterizam os modos de fazer que os artistas manifestam em seus trabalhos”, reforça João Fernandes, Diretor Artístico do IMS.

SERVIÇO: DATA: 18 de janeiro / Horário: 11h às 22h / LOCAL: MUHCAB (Endereço: R. Pedro Ernesto, 80 – Gamboa) / Entrada: GRATUITA

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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