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“Rio de Corpo e Alma” chega no Museu Histórico da Cidade

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A exposição “Rio de Corpo e Alma” chega no Museu Histórico da Cidade, na Gávea, em meio às comemorações dos 460 anos da cidade. Produzida por Isabel Tinoco e Fabiana Gabriel, sob a curadoria de Isabel Portella (Museu da República), a exposição reúne um time de dez artistas com o intuito de conectar o passado e o presente da cidade, através de um olhar plural e atualizado sobre ela. Para isso, cada um foi convidado a criar uma obra inspirada a partir de um seleto acervo da reserva técnica do museu (que não está exposto). O resultado foram esculturas, fotografias, pinturas, instalações e performances, que trazem uma reflexão coletiva sobre a história da cidade, sua configuração de metrópole contemporânea e as transformações pelas quais vem passando ao longo desses anos. 

Aliás, essa é a primeira vez que o Museu abriga uma exposição contemporânea que dialoga com seu acervo composto por cerca de 24.000 bens culturais, entre mobiliários, esculturas, pinturas, joalherias, gravuras, fotografias, porcelanas, mapas e projetos paisagísticos e arquitetônicos, entre outros, que conservam um importante registro do desenvolvimento urbanístico, político e social do Rio de Janeiro. 

Em “Rio de Corpo e Alma”, vale destacar o da artista Julie Brasil, da Guatemala. Moradora do Rio desde a infância (chegou com a família fugindo da guerra em seu país), a artista escolheu fotos antigas de sete paisagens emblemáticas da cidade e criou desenhos em pb sob a fotografia desses mesmos locais nos dias de hoje. Para isso, Julie fotografou todos os locais tentando seguir o mesmo ponto/ângulo de visão dos fotógrafos das fotos originais. O que todas têm em comum é a presença de alguma montanha, uma marca da paisagem carioca. “Escolhi fotos que traziam na paisagem alguma montanha ou morro porque pensei que seriam pontos de referência que com certeza estariam no mesmo lugar, mesmo depois de tantos anos. Para minha surpresa, descobri um morro de Copacabana que não está mais lá. Ele dividia a praia ao meio e estava localizado onde é hoje a piscina do Copacabana Palace”, revela. 

Outro trabalho curioso é do sergipano Ze Garcia. O artista escolheu fotos do acervo que mostram o Corcovado antes da construção do Cristo e criou uma escultura em madeira que ressignifica o monumento, fazendo uma crítica social aos problemas da cidade. “A cabeça do Cristo vai ser uma casa de marimbondo e vai estar de cabeça pra baixo”, explica. Junto, além das fotos do acervo, o artista selecionou fragmentos da estátua que restaram de sua construção.

A artista, ativista e drag queen, Rafa Bqueer escolheu como referência um figurino antigo de bate-bolas com estampa de onça e está criando uma instalação têxtil com resíduos de fantasias de carnaval e de figurinos usados em suas performances com referências amazônicas. Nascida no Pará, desde sempre, a artista foi envolvida com o carnaval local. Moradora do Rio há 10 anos, formada pelas Belas Artes, já desenvolveu trabalho para diversas escolas de samba do Rio e atualmente está na equipe de pesquisa do enredo da Grande Rio que irá homenagear sua terra natal.

Em “Rio de Corpo e Alma”, a carioca Andrea Hygino vai apresentar pinturas em louças que fazem uma crítica à fome e à miséria em contraponto a peças do museu usadas em banquetes da elite carioca. 

SERVIÇO: Visitação: 19 de janeiro a 09 de março de 2025 / Local: Museu Histórico da Cidade (Casarão de exposições temporárias) / Endereço: Parque da Cidade – Estrada St Marinha s/n, Gávea. 

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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