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Sandra Hüller ganha mostra em sua homenagem

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O Estação Net Rio homenageia a trajetória da atriz alemã Sandra Huller, com mostra cinematográfica. Com uma seleção de sete filmes, a mostra oferece ao público a oportunidade de conhecer e revisitar momentos marcantes da carreira desta atriz singular. Além das exibições, duas mesas de discussão irão contextualizar sua trajetória artística e sua contribuição para o cinema europeu e mundial.

Palavras da curadora, Andrea Ormond, “Sandra Hüller é um fenômeno do cinema europeu. Até aí, estamos no óbvio. Podemos acrescentar outras obviedades: atriz, sucesso de crítica, público e reconhecimento nos oceanos do século XXI — não apenas entre as duas pontas do Atlântico.  O que poucos sabem é que esse clima de mainstream não combina com a Hüller nascida em 1978, na antiga Alemanha Oriental. Estreou primeiro no teatro, em 1996. Só dez anos depois aterrissou no cinema, com Requiem (2006).  Quem a vê em Réquiem não a imagina iniciante, sobretudo por envolver a bárbara história de Anneliese Michel. No ano anterior havia sido lançada a versão norte-americana sobre os eventos, em O exorcismo de Emily Rose. Conhecer a trajetória de Sandra Huller permite entendê-la não apenas como contadora da história (Sisi e eu), mas como coadjuvante (A jornada, Sibyl). É igualmente vê-la na polifonia de idiomas — alemão, francês, inglês —, através da qual alcançou a apoteose (Anatomia de uma queda). Para além de extremos, pode ser a atriz de papeis dúbios, na comunhão ordinária das coisas (Nos corredores, Exílio).  Chama atenção o trabalho com diretoras no período em atividade, desde 2006. Nomes como Alice Winocour, Frauke Finsterwalder e Justine Triet aparecem ligados a seus filmes.  Depois de tanto, Sandra Hüller terá aberto as portas para o mega estrelato? Em ascensão na faixa dos 40 anos, sabe dosar a intuição e as comodidades da fama. Assim como o rosto esfíngico, que continua a manipular terremotos e vazios. “

Sinopses:

REQUIEM
“Jovem de 21 anos não consegue ser uma jovem de 21 anos. Michaela é pressionada por visões religiosas e doenças psiquiátricas, enquanto tenta sair do lar religioso e frequentar a universidade. Ao seu redor, o interior da Alemanha e a contracultura dos anos 1970.”

NOS CORREDORES (IN DEN GÄNGEN)
“Os corredores são de um supermercado. Triste, escuro, amarelado pela solidão de empilhadores de garrafas e arrumadoras de doces. Como sobreviver, amar e sonhar ao mesmo tempo? Christian, Marion e Bruno pelo menos tentam.”

ANATOMIA DE UMA QUEDA (ANATOMIE D’UN CHUTE)
“Nada atormenta — e delicia — mais do que a dúvida. Escolha, no final, se a protagonista é vítima das circunstâncias ou uma assassina gélida. Acontece que, no meio tempo há a dor da própria personagem, independentemente de ser inocente ou culpada. Pela atuação neste filme antológico, Hüller foi indicada ao Oscar de melhor atriz. Aqui repete a parceria com a diretora Justine Triet, iniciada em Sibyl.”

A JORNADA (PROXIMA)
“Em pequeno papel, Hüller divide cenas ao lado de uma talentosa atriz da mesma geração: Eva Green, conhecida por Os sonhadores, de Bernardo Betolucci. Rumo a missão internacional em Marte, a astronauta Sarah (Eva Green) vê-se na iminência de deixar na Terra a filha de 10 anos de idade. A relação mãe-filha é intermediada pelo rigor dos protocolos, que incluem uma burocrata — gentil, porém burocrata (Hüller).”

EXÍLIO (EXIL)
“Xhafer, engenheiro albanês, radicou-se na Alemanha. Tem esposa (Hüller), filhas e aparenta felicidade ao trabalhar em escritório um tanto caótico. No estilo kafkiano, Exílio faz Xhafer entrar em labirintos de neuroses, enquanto imagina (e às vezes tem absoluta certeza) ser alvo de xenofobia.”

SISI E EU (SISI & ICH)
“A Condessa Irma Sztáray (Hüller) narra os anos de convivência com a imperatriz austro-húngara Sisi — apenas um “s”. Esta alucinógena Sisi de 2023 não lembra em nada a adorável Sissi, interpretada em 1955 por Romy Schneider, clássico das debutantes. Roteiro e atuações transformam o romantismo em pop art. Atenção para Sandra Hüller cantando Cosmic Dancer< /span>, sucesso da banda inglesa T. Rex.”

SIBYL
“Para dessacralizar a aura de artista inatingível, temos Hüller no papel de diretora de um filme dentro deste filme dirigido por Justine Triet. Além disso, em um tom cômico. A metalinguagem e os dilemas morais — tão característicos de Triet — são balões de ensaio em Sibyl, aperfeiçoados em Anatomia de uma queda.”

A mostra “Sete Vezes Sandra Hüller” acontece de 12 a 15 de Janeiro no Estação Net Rio.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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