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Twenty One Pilots faz show do tamanho da devoção dos fãs

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O Twenty One Pilots voltou ao Brasil, dessa vez exclusivamente para shows solo, dentro da turnê “The Clancy World Tour”, que divulga o álbum que dá nome à excursão, lançado em 2024. As outras vezes foram em ocasiões em que faziam parte do line-up do Lollapalooza, com uma esticada no Rio de Janeiro na edição 2016, e até uma participação na GPWeek em 2022. O que se via na Farmasi Arena na noite de ontem (24) eram fãs, em sua grande maioria jovens, com uma ansiedade indisfarçável de conferir os ídolos ao vivo após tanta espera. Afinal, lá se vão 9 anos desde que se apresentaram no Sacadura Cabral, único show da banda em terras cariocas até então.

Twenty One Pilots

Formado em 2009 no estado de Ohio, então como um trio, pelos amigos de colégio Tyler Joseph, Nick Thomas, e Chris Salih, o Twenty One Pilot construiu uma reputação no meio oeste americano, até Thomas e Salih deixarem a banda em 2011. Com a entrada do baterista Josh Dun, a banda se firmou como duo, formação que se inaugurou no álbum “Regional at Best”, lançado ainda naquele ano. A sonoridade dos Pilots mescla hip-hop, eletrônico, pop, punk, rock e até pitadas de reggae, com temas que frequentemente apresentam uma mitologia fictícia que serve como metáfora para as lutas e emoções do mundo real. A chegada ao topo se deu com o álbum “Blurryface”, de 2015.

A dupla subiu ao palco às 21 horas em ponto, quinze minutos após o horário marcado, executando “Overcompensate”, a faixa que também abre o mais recente trabalho de estúdio. A recepção não poderia ser mais calorosa, vinda da plateia que estava ávida por cantar as letras de todas as músicas do setlist. O show seguiu com “Holding on to You”, do álbum de 2013, “Vessel” 2013, que foi emendada com “Vignette”. 

O Twenty One Pilots é conhecido por suas interações surpresa durante o show. A primeira da noite foi o vocalista, que estava usando a máscara Clancy nas primeiras músicas surgindo (como num passe de mágica) no meio da arquibancada na Farmasi, ao fim da quarta música, “Car Radio”, para delírio dos fãs. Ali ele revelou seu rosto pela primeira vez na noite.

Para dar tempo de o vocalista retornar ao palco, foi exibido um vídeo com fãs durante a tarde esperando a abertura dos portões e fãs cantando “The Judge”, como introdução para a execução no palco, com snipet de “Cut My Lip”. Daí entraram, na sequência, “The Craving (Jenna’s version)”, do novo álbum, “Tear in My Heart”, do “Blurryface”, “Backslide”, outra de 2024, “Shy Away”, do álbum “Scaled And Icy” (2021), e o single “Heathens”, da trilha sonora do filme da DC “Esquadrão Suicida” (2016). 

O ponto alto da aproximação com os fãs se deu no momento em que a dupla se posicionou, cada um em uma das plataformas instaladas nas extremidades da arena, com Tyler no piano e Josh pilotando um set de bateria. Ali, bem pertinho do público na pista e também próximo a quem estava no setor de cadeiras do nível mais baixo, eles enfileiraram quatro músicas da fase inicial – “Addict With a Pen”, “Migraine”, “Forest” e “Fall Away” – em um medley. Na sequência, “Mulberry Street” ganhou o “momento Coldplay”, com a plateia acendendo luzes coloridas, em movimentos regidos por Tyler. O efeito era conseguido graças a pedaços de papel coloridos distribuídos pelo fã clube com instrução para colar nos telefones celulares.

Um novo truque, na verdade o mesmo, só que no setor de arquibancada em frente. Dessa vez é Josh que aparece com uma tocha e desce ao encontro de Tyler, dirigindo-se para o palco principal para iniciar a segunda metade do show com “Navigating”. Mas ainda haveria mais um momento de interação próximo à plateia no grande sucesso “Ride”, durante a qual o vocalista se encaminhou para a plataforma no meio do público e chamou um garoto (chamado de fã da nova geração) para subir ao palco e cantar o refrão.

Após “Paladin Strait”, com trecho de “Bandito”, a banda saiu brevemente de cena para retornar no bis trazendo “Jumpsuit”, “Midwest Indigo” e o hit absoluto “Stressed Out”, do disco de 2015. “Trees”, do álbum de 2011, fechou a apresentação com Tyler tocando bumbo em uma prancha erguida no meio do gargarejo, sob chuva de papel picado.

O Twenty One Pilots nesse retorno demonstrou muito mais poder de fogo (literalmente, dada a pirotecnia que lembra um show do Kiss), trazendo uma estrutura de palco robusta, que vai se modificando ao longo da apresentação. O script tem sido basicamente o mesmo em todas as cidades, mas sempre funciona. O repertório da turnê é bastante generoso com músicas do novo álbum – 10 no total, apenas 3 ficaram de fora – e todas foram muito bem recebidas. Um show do tamanho da devoção dos fãs. O clima despojado deu espaço até para um “Parabéns Pra Você”, em comemoração ao aniversário do empresário da tour, e a dupla fez questão que fosse cantado em português. 

Tyler garantiu que o Brasil é um dos melhores lugares para se tocar e lembrou que quando criança seu pai falava sobre viajar para cá. Observada a recepção calorosa e ruidosa, o próximo encontro não levará muito tempo para acontecer.

Setlist
1. Overcompensate
2. Holding On to You
3. Vignette
4. Car Radio
5. The Judge
6. The Craving (Jenna’s Version)
7. Tear in My Heart
8. Backslide
9. Shy Away
10. Heathens
11. Next Semester
12. Routines in the Night

Palco B
13. Addict With a Pen / Migraine / Forest / Fall Away
14. Mulberry Street

Palco Principal
15. Navigating
16. Nico and the Niners
17. Heavydirtysoul
18. My Blood
19. Guns for Hands
20. Lavish
21. Ride
22. Paladin Strait (“Bandito” snippet)

Bis:
23. Jumpsuit
24. Midwest Indigo
25. Stressed Out
26. Trees

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