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Mickey 17: “Gosto de personagens cercado por complexidades”, disse Robert Pattindon a Berlim

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Evento alguma da 75. Berlinale movimentou mais a capital alemã do que a passagem de Robert Pattinson, ao lado do oscarizado diretor sul-coreano Bong Joon Ho, pela maratona cinéfila alemã, neste sábado, para lançar a esperada sci-fi Mickey 17. É o primeiro longa-metragem do cineasta depois do fenômeno Parasita, que ganhou a Palma de Ouro de Cannes em 2019 e quatro Oscars, em 2020.

Mickey 17

“Trabalhei com um mestre”, disse Pattinson durante a coletiva de imprensa da superprodução, agendada para estrear no Brasil no dia 6, com toda a pinta dr campeã de bilheteria. Aliás, a escalação do atual Bruce Wayne, popularizado antes como o vampiro Edward de “A Saga Crepúsculo” (2008 – 2012), amplia o cacife da ficção científica de tintas cômicas sob o olhar do mercado exibidor. Existe um fã-clube em torno de Pattinso, comprovado pela multidão parada na porta do hotel Hyatt (o centro nervoso da Berlinale), em busca de uma chance de tirar foto com o astro de “Batman” (2022). A linha de humor que ele adota fez o festival alemão rir solto.

“Quando vi o trabalho de Bong em Memórias de um Assassino, chamou a minha atenção a forma como ele extrai comédia de ações físicas, do movimento, e tentei investir nisso”, disse Pattinson ao Rota Cult, em Berlim, ao citar a referência do desenho animado japonês em sua forma de atuar, ampliada após sua experiência como dublador do premiado “O Menino e a Garça” (2023), de Hayao Miyazaki, para a língua inglesa. “Miyazaki pesou menos aqui, mas a cultura do anime, em geral, sim, sobretudo na forma de compor Mickey 18”.

O número acima não está errado. Há um Mickey Dezoito, assim como houve um Dezesseis na trama filmada por Bong com base no romance “Mickey7”, de Edward Ashton. O enredo que vem da literatura fala da confusão em que o falido Mickey Barnes (papel de Pattinson) se mete ao aceitar viajar para o mundo gelado de Niflheim, como “expendable” (descartável). O termo é usado para colonizadores que aceitam se subemeter a um processo de clonagem, tratado como “impressão”, a partir do qual corpos são reproduzidos, sem defeitos, preservando a memória do organismo antecessor. Em meio a esse processo, no qual várias “cópias” dão defeito, o 17. clone de Mickey vinga e acaba por se envolver num levante contra um político (Mark Ruffalo) empenhado em erradicar as criaturas (em forma de ácaros gigantes) de Niflheim.

“O assustador de ‘contracenar’ consigo mesmo é que você não tem a medida de ritmo, pois faz uma parte da cena sozinho, e, depois, faz a outra”, disse Pattinson, que passou pela Berlinale antes com “Sob o Sol do Oeste”, em 2018.

Casado com a cantora e compositora Suki Waterhouse, ele correu atrás do respeito da ala mais sisuda do cinema ao unir forças com David Cronenberg em dois longas: “Cosmópolis”, de 2012, e “Mapas Para As Estrelas”, de 2014. Filmou ainda com os irmãos Safdie, com Claire Denis e com Robert Eggers, que o dirigiu no premiado “O Farol” (produzido por Rodrigo Teixeira).

“Gosto de personagens cercado por complexidades filosóficas”, diz Pattinson. “Mickey, por exemplo, está tentando processar quem é”.

A 75. Berlinale segue até o dia 23 de fevereiro.

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