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Um Completo Desconhecido: Bob Dylan fala por meio de sua música’, diz Timothée Chalamet

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Indicado a oito Oscars, sob a fervura de uma bilheteria de US$ 97,5 milhões, Um Completo Desconhecido (“A Complete Unknown”) faz um ponte entre a 75. Berlinale e a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, num empenho anual do evento alemão de se aproximar da festa mais Pop do cinema. Não por acaso, a produção orçada em cerca de US$ 70 milhões entrou numa grade fora de concurso da maratona cinéfila germânica, com projeções nesta sexta. A presença de seu protagonista, Timothée Chalamet, fez de sua exibição na capital alemã um evento. Uma fila quilométrica de jornalistas se formou à cata de uma poltrona na coletiva do ator sobre a cinebiografia do compositor, cantor e prêmio Nobel Bob Dylan. 

Um Completo Desconhecido

“Por sorte, meu processo de ouvir música não mudou, mas fico feliz por ainda estar descobrindo muita coisa na obra dele, sobretudo o que existe por trás dela”, disse Chalamet ao Rota Cult, numa conversa no hotel Hyatt, centro nervoso da Berlinale.

“Sou um grande fã de filmes, estudo o que os números dizem. Meu coração está no lugar certo com os filmes que estou fazendo. Este é um filme sobre os anos 1960”, disse Chalamet.

Aliás, tocar gaita e cantar fez parte do processo criativo de Chalamet sob a direção de James Mangold. O cineasta teve uma apoteótica passagem por telas berlinenses em 2017, com “Logan”, atração de encerramento do festival naquele ano. No passado, ele filmou “Johnny & June” (2005), também centrado no universo das gravadoras, falando do casal de aves canoras June Carter (1929-2003) e Johnny Cash (1932-2003), com Reese Whiterspoon e Joaquin Phoenix. Aliás, Cash faz uma participação em “Um Completo Desconhecido”, interpretado pelo habitual parceiro de Mangold, Boyd Holbrook (de “Narcos”).

“O que fizemos não foi um processo intelectual, acadêmico, foi uma criação por osmose”, diz o ator, que passou pela Berlinale em 2017 com Me Chame Pelo Seu Nome, produzido pelo brasileiro Rodrigo Teixeira e sua RT Features. “Dylan foi rotulado como o salvador de sua geração, mas não posso falar por ele, que está vivo. Sua música fala por ele”.

Com estreia no Brasil no dia 27 de fevereiro, Um Completo Desconhecido se ambienta entre 1961 e 1965, quando o letrista por trás dos hits “Blowin’ in the Wind” e “The Times They Are a-Changin'” chega a Nova York, ainda moleque, para ensair uma carreira como artista. 

“Não chamaria Dylan de herói, mas foi alguém que seguiu seus instintos”, disse Chalamet ao Rota Cult, em entrevista via Zoom, quando disputou o Globo de Ouro. “Trabalhar com alguém como James dá segurança, pois ele sabe muito de biopics musicais”.

Além disso, Uua série de vocalistas e instrumentistas icônicos são citados na trama do livro “Dylan Goes Electric!”, de Elijah Wald. O ás do violão Pete Seeger (1919-2014) é um deles. O papel é encarnado por um Edward Norton em estado de graça.

Existe um pavimento romântico potente em Um Completo Desconhecido que envolve a relação de Dylan com a cantora e compositora Joan Baez. O desempenho de Monica Barbaro, ao revivê-la, comoveu espectadores, rendendo à atriz uma indicação ao Oscar de Coadjuvante.

“Todo mundo, certamente, trouxe algo para esse filme … Sou muito grato a Mangole. Muito grato ao Festival de Berlim. Muito grato a Bob Dylan”, completa.

A Berlinale segue até o dia 23 de fevereiro. Na véspera de terminar, o júri presidido pelo cineasta Todd Haynes anuncia os ganhadores.

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