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É Tudo Verdade celebra 30 edições

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Esse não é mais um ano para o É Tudo Verdade. O maior festival de documentários do país está comemorando 30 edições, e preparou a festa com empenho redobrado. Contando com filmes inéditos do mundo todo em sua programação competitiva, o tradicional evento acontece entre os próximos dias 3 a 13 de abril no Rio de Janeiro e em São Paulo, e entre os dias 14 e 30 de abril no Itaú Cultural Play, uma programação especial que conta com 6 curtas-metragens da competição deste ano, e mais 4 obras da sessão de homenagem. 

E o principal homenageado deste ano está incluso no material artístico da edição: Vladimir Carvalho, falecido há três meses, prestes a completar 90 anos. O festival vai exibir todos os 9 longas do diretor (incluindo os clássicos O País de São Saruê Conterrâneos Velhos de Guerra) e uma seleção com os melhores curtas de sua filmografia. Além dele, o britânico Humphrey Jennings tem 7 de seus curtas exibidos, além de seu único longa; o realizador Kevin McDonald dirigiu Humphrey Jennings: O Homem que Ouviu a Grã-Bretanha, que fará também parte da homenagem. 

Além disso, tem uma homenagem à própria efeméride, que como disse seu diretor Amir Labaki, é algo discreto, mas evidente. Serão exibidos o próprio Cabra Marcado para Morrer, que estampa o pôster da edição, e os dois primeiros vencedores do É Tudo Verdade, no seu ano inicial – Noel Field, A Lenda de um Espião O Velho: A História de Luiz Carlos Prestes, do igualmente recém falecido Toni Venturi. 

Como sempre, a abertura do É Tudo Verdade é diferente para cada estado, mas esse ano elas conversam entre si, e são registros especiais de duas artistas que marcaram várias gerações com seu trabalho genial. No Rio de Janeiro, teremos Viva Marília, dirigida pelo veterano Zelito Viana (de Villa Lobos), e em São Paulo, teremos Ritas, de Oswaldo Santana. Através das obras, a arte de Marília Pêra e Rita Lee percorrerão corações e mentes dos espectadores durante os dias do evento, desnudando duas mulheres extraordinárias e exemplares, no presente e no futuro. 

Entre os filmes estrangeiros da competição, temos dois cineastas ucranianos que não saem das discussões cinéfilas, Sergei Loznitsa (de Donbass) e seu A Invasão, e Mstyslav Chernov, vencedor do Oscar por 20 Dias em Mariupol, que entrega dessa vez A 2000 Metros de Andriivka. Outros filmes da Europa, da América Latina e dos Estados Unidos completam os 9 filmes estrangeiros da disputa. 

Entre os brasileiros, temos os filmes novos de Eryk Rocha (de Bruscky: Um Auto Retrato), Bárbara Paz (de Rua do Pescador, n.6) e Jorge Bodanzky, em parceria com Liliane Maia, olhando para si mesmo em Um Olhar Inquieto: O Cinema de Jorge Bodanzky. Temos ainda outros 4 títulos que versam sobre cenas biográficas, uma provocação dentro da cultura indígena, a arquitetura no país em momento-chave da política brasileira e um espaço histórico paulistano, o edifício Copan. 

Dezoito curtas metragens, 9 estrangeiros e 9 brasileiros, estão também a competir em uma seleção que conta com pelo menos já dois filmaços assistidos, Chibo de Daniela Poester e Henrique Lahude, e Dois Nilos, de Samuel Lobo e Rodrigo de Janeiro. Além deles, o candidato da Palestina ao Oscar de filme internacional desse ano, Histórias do Marco Zero, também faz sua estreia no país dentro do festival. 

Como já é sabido, os vencedores do É Tudo Verdade automaticamente já se credenciam para os prêmios da Academia do ano que vem, e por aqui ano passado passou Quatro Paredes, indicado esse ano e que acaba de estrear no streaming. O encerramento fica a cargo de Trens, o documentário mais caro da história do cinema polonês. Um filme absolutamente sem diálogos e que mostra a Europa do século 20 através dos trilhos, em imagens de arquivo. 

O É Tudo Verdade – Festival Internacional de Documentários ainda contará, nos dias 8 e 9 de abril, com a Conferência Internacional do Documentário, a realizar-se na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, cuja programação ainda será revelada. Ou seja, não faltam atrativos para conferir durante 10 dias do próximo mês, quando RJ e SP estarão de olho nos próximos grandes filmes da seara documental, que corresponde a uma fatia considerável da produção mundial. Não percam! 

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