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Festival Visões Periféricas homenageia Joel Zito Araújo

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Completando 18 edições, o Festival Visões Periféricas 2025 acontece de 13 a 18 de março no Rio de Janeiro. Realizado anualmente, o evento é uma plataforma de difusão de projetos audiovisuais produzidos nas periferias do Brasil. Ao todo serão exibidas 51 de produções, entre curtas, médias e longas-metragens, divididas em três mostras competitivas e uma não-competitiva, incluindo filmes com audiodescrição e legendas descritivas. De 13 e 16 de março as exibições acontecem no Estação Net Botafogo e, de 17 a 18 de março, de forma online, no site do festival.

O Visões Periféricas 2025 faz uma homenagem especial a Joel Zito Araújo, um dos principais nomes do cinema nacional, conhecido por debater em seus filmes o racismo e a desigualdade entre negros e brancos, autor dos premiados “A Negação do Brasil”, “Filhas do Vento” e “Meu amigo Fela”. O cineasta mineiro, que acaba de completar 70 anos de idade, fará a estreia carioca de “Brasiliana: o musical negro que apresentou o Brasil ao Mundo” (2024), a ser exibido dia 13 de março, quinta-feira, na abertura, no Estação Net Rio. O documentário resgata a história da companhia de teatro, música e dança que percorreu mais de 40 países ao longo dos seus mais de 20 anos de atividade. No dia 16 de março, domingo, além da premiação, o festival fará a estreia no Rio do filme “Justiça e estado de exceção”, de Silvio Tendler, que discute o papel do Poder Judiciário e dos meios de comunicação na conjuntura política do país.

Segundo Márcio Blanco, idealizador e coordenador geral do evento, o Festival Visões Periféricas é um espaço de conexão entre a periferia e o centro. “Nosso objetivo é fazer a ponte entre a produção audiovisual de qualidade das regiões periféricas e espaços culturais de excelência do país. O festival favorece a circulação de filmes criados por produtores que vivem em áreas marginalizadas, dando visibilidade a esses talentos, propiciando sua inserção na indústria do audiovisual e estabelecendo conexões com grandes players do mercado”, diz ele.

Outro aspecto importante do festival é ser uma janela para as temáticas que permeiam o dia a dia das comunidades periféricas, incluindo questões de identidade, raça, território, gênero, trabalho etc. “Tenho visto uma atualização desses temas, que vêm sendo tocados de forma mais elaborada e criativa. Este ano temos mais ficções do que documentários, com filmes que falam de amor, empatia, esperança, em que as questões sociais são tratadas de forma subjetiva”, conta Wilq Vicente, curador da mostra Fronteiras Imaginárias. 

Além das mostras competitivas e não-competitiva, a curadoria do festival selecionou 10 filmes de curta-metragem que serão exibidos exclusivamente na plataforma de streaming gratuita Itaú Cultural Play até 31 de março. Além disso, a equipe da Itaú Cultural Play irá escolher um filme da Mostra Fronteiras Imaginárias para receber o Prêmio IC Play. O filme escolhido receberá o valor de 15 mil reais e será licenciado para exibição na plataforma. No dia 28 de março, o curta-metragem Engole o choro (2023), dirigido por Fabio Rodrigo, vencedor da última edição do Prêmio IC Play no Festival Visões Periféricas, em 2024, entrará no catálogo da plataforma. Produzido pela Supimpa, a 18ª edição do Festival Visões Periféricas tem como curadores Lukas Nascimento, Quézia Lopes, Olinda Tupinambá e Wilq Vicente. Todos os filmes em exibição foram produzidos a partir de setembro de 2024. 

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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