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Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem sobe ao palco do Teatro João Caetano

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Sob a regência da maestra Vilane Trindade, a Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem sobe ao palco do Teatro João Caetano. O concerto inicia com a Sinfonia nº 1, de Johann Christian Bach, seguida pela Árias e Danças AntigasSuíte nº 3 de Ottorino Respighi. Finaliza o programa o Divertimento Militar de Leopold Mozart.

A Temporada 2025 da OSB Jovem traz como tema a Diversidade e cada concerto explora um valor essencial para a sua prática. Ancestralidade, respeito, afetividade, solidariedade, memória, superação, amizade e futuro serão abordados de maneira única, convidando o público à reflexão. Nesta segunda apresentação, o programa evoca a “inspiração”.

Discípulo e filho mais novo de Johann Sebastian Bach; único autor de óperas em uma família de músicos; reverenciado por Mozart… as credenciais de Johann Christian Bach, o primeiro compositor deste programa, não poderiam ser mais impressionantes. Diferente de seu pai, que nunca se afastou mais que algumas centenas de quilômetros de sua terra natal, Christian, viajou extensivamente pela Europa, adquirindo uma formação sólida e variada: primeiro, partiu de Leipzig para Berlim, onde estudou com seu irmão Carl Philipp; depois, seguiu para Bolonha, onde desenvolveu interesse pela ópera, até finalmente se fixar em Londres, onde se consagraria como o “Bach inglês”. Lá, ao lado de seu compatriota Carl Friedrich Abel, organizou os Bach-Abel Concerts, que desempenharam um papel essencial no desenvolvimento da vida musical pública. Foi certamente em um desses espetáculos que aconteceu a estreia da Sinfonia Op. 6, nº 1, que abre este programa. 

A personalidade musical do segundo compositor deste espetáculo parece se sustentar em dois pilares antípodas: de um lado, está o seu espírito moderno e sua exploração inovadora de cores e texturas orquestrais; do outro está o seu encantamento com a música do passado, como atestam as melancólicas Árias e Danças Antigas, da Suíte nº 3. Nelas, o italiano Ottorino Respighi retoma melodias escritas para o alaúde nos séculos XVI e XVII, retrabalhando-as para orquestra de cordas à luz de seu espírito inovador. 

Leopold Mozart acabou entrando para a história como o pai do menino Mozart, o prodigioso gênio da música ocidental. Tal fama certamente não ofendia o patriarca – para quem o filho era “um milagre que Deus permitiu nascer em Salzburgo” – mas tampouco faz justiça ao talento de Leopold, que não era apenas um violinista respeitado, mas também um compositor de mérito. Sua produção inclui algumas dezenas de obras (das quais uma parte não sobreviveu ao tempo), e o Divertimento Militar, que encerra este programa, é uma delas. Leve e marcada por um senso de humor reminiscente de Haydn, a obra explora o caráter militar por meio de ritmos marciais, chamadas de trompete, fanfarras, duetos de pífanos e rufos de tambor. Toques melódicos refinados e certos efeitos curiosos – como os instáveis trinados dos metais – adicionam um tempero extra ao divertimento, que, ao longo de cinco movimentos, nunca deixa de cativar.

SERVIÇO: Dia 17 de abril (quinta-feira), às 19h / Local: Teatro João Caetano (Praça Tiradentes, s/n – Centro)

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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