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Amir Haddad e Renato Borghi celebram 70 anos de amizade no espetáculo “Haddad e Borghi: Cantam o Teatro Livres em Cena”

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Talentos excepcionais, Amir Haddad e Renato Borghi completam 88 anos em 2025 e celebram 70 anos de amizade no espetáculo “Haddad e Borghi: Cantam o Teatro Livres em Cena”, que estreia no Teatro Adolpho Bloch, com direção de Eduardo Barata. A encenação tem como espinha dorsal a liberdade de Amir e Renato, fundadores do Teatro Oficina, ao lado de Zé Celso Martinez Corrêa. 

“Vamos construir e desconstruir, desafiando as perspectivas do espaço cênico. A ideia é narrar, cantar e apresentar ao público um panorama, com recortes da cena nacional, pelos olhos de dois homens de teatro, dois operários, trabalhadores, contemporâneos, dois pensadores das artes, que não separam vida e teatro, teatro e vida”, explica o diretor. O roteiro, assinado por Eduardo Barata e Elaine Moreira, conta com contribuições de Débora Duboc e Élcio Nogueira e foi estruturado a partir de dez encontros criativos com os próprios homenageados. “Construímos uma narrativa em trânsito, em ebulição e com imensa liberdade artística, assim como a trajetória de Amir e Renato. Tudo para homenagear estes gigantes da cena”, conta Elaine.

Em cena, Amir e Renato vão discorrer sobre temas como a existência, o ofício do ator, os diversos “Brasis” que lhes habitam e, claro, momentos marcantes de suas trajetórias pessoais e profissionais que somam, a essa altura, quase 200 anos. O elenco conversa com a dupla a cada sessão, a fim de trazer para a roda assuntos, referências e lembranças preciosas da vida de Amir e Renato, dentro e fora dos palcos.

“Eu e o Renato convivemos mesmo por muito tempo. São 70 anos de bem-estar e alegria ao lado dele. Nenhuma vez, tivemos qualquer destemperança nessa vida. Fizemos um grupo de teatro juntos, faculdade, e também desistimos dela juntos. Renato é parte integrante. Agora é muito bom estarmos aqui reunidos, Sou feliz de tê-lo conhecido e por termos caminhado tanto pela vida cultural brasileira”, afirma Amir Haddad. 


Já Renato Borghi relembra o pontapé inicial de ambas as carreiras. “Amir é muito importante para mim. Quando eu comecei a fazer teatro, ele me dirigiu na peça do Zé Celso, “A Incubadeira”. Era para termos feito apenas por 15 dias e acabamos ficando seis meses. Foi o primeiro sucesso da minha carreira. Amir ficou com a gente nesse período, e foi um acontecimento, um assombro, ainda era meio amador. Depois, ele veio para o Rio, mas continuamos sempre em sintonia”, lembra o ator.

“Haddad e Borghi: Cantam o Teatro, Livres em Cena” apresenta ambientação cênica a partir do foyer do teatro. O público beberá da fonte de algumas expressões artísticas – ópera, circo, artes visuais e  carnaval – inspiradas em nomes, como: Lygia Clark, Hélio Oiticica, Elis Regina, Zé Kéti, Braguinha, Emilinha Borba, Bizet, Donizetti e Charles Gounod. Nesta recepção do público, e durante o espetáculo, contaremos com as participações da cantora lírica Ana Lia; das palhaças Laura e Lenita; e do Trio Júlio, que além de executar músicas ao vivo,  também assina a direção musical. 

O elenco, composto por Débora Duboc, Duda Barata, Élcio Nogueira Seixas e Máximo Cutrim, receberá o público na entrada do teatro, apresentando a obra de artistas fundamentais para a construção do universo haddad-borghiano, como: Clarice Lispector, Cecília Meirelles, Cora Coralina, Vinícius de Moraes, Guimarães Rosa e Carlos Drummond de Andrade. Durante a peça, entrecortando a trajetória intelectual e profissional de Amir e Renato, outros artistas serão evocados, como: Arthur Miller (Um Panorama Visto da Ponte); Gianfrancesco Guarnieri (Eles Não Usam Black-tie); Oswald de Andrade (O Rei da Vela); e Bertolt Brecht (Galileu Galilei). 

Em ritmo de Rádio Nacional, alguns sucessos do cancioneiro brasileiro – dos gêneros bossa-nova, samba-rancho, samba e tropicália – serão apresentados ao público, muitos deles interpretados por nossos homenageados. Além disso, traremos para a cena três músicas compostas para o teatro: “Canção do Jujuba”, musicada por Caetano Veloso para o Rei da Vela; “Roda Viva”, composta por Chico Buarque para o espetáculo de mesmo nome; e “Por Causa do Teatro”, de Jonathan Silva, composta para o espetáculo “O Que Nos Mantém Vivos”.

“Nossa abordagem para a direção musical partiu de uma busca afetiva. Queríamos criar uma trilha que fosse mais que acompanhamento. As memórias musicais de Amir e Renato, tão intimamente ligadas à Rádio Nacional, tornaram-se o coração do nosso processo criativo. A trilha sonora passeia por marchinhas, bossa nova, choro e sambas, com algumas composições instrumentais exclusivas para o espetáculo. Inspirados nas gravações clássicas da Rádio Nacional, desenvolvemos arranjos originais para violão de 7 cordas, bandolim e percussão”, conta Maycon, um dos integrantes do Trio Júlio, que assina a direção musical. 

Na montagem, dois grandes tronos móveis vão evocar a realeza e o brilho dos dois homenageados. “Assim, Amir Haddad e Renato Borghi são levados a  visitar e contar suas histórias de vida e de teatro, por entre cortejos, músicas e atores encenando suas peças.  O palco também servirá de camarim aos dois atores, com detalhes realistas como fotografias e objetos pessoais e inspiração nas obras de Hélio Oiticica e Lígia Clark”, revela o cenógrafo Rostand Albuquerque. 

SERVIÇO: De 9 de maio a 1º de junho. Qui a sáb, às 20h. Dom, às 17h. / Local: Teatro Adolpho Bloch (Rua do Russel 804, Glória.) Ingressos em https://www.ingresso.com / eEnsaio aberto gratuito apenas nesta quinta-feira, dia 8 de maio, no Teatro Adolpho Bloch, por meio de senhas, sujeito à lotação.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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