Museu da República recebe 16ª edição do Dia dos Povos Indígenas

Nos dias 03 e 04 de maio (sábado e domingo), o Museu da República, no Catete, abre as portas para a realização de mais uma edição do Dia dos Povos Indígenas, iniciativa promovida pela Associação Indígena Aldeia Maracanã (AIAM) com apoio do Museu da República. Será a 16ª edição do evento que celebra a diversidade cultural dos povos indígenas no Brasil, além de contribuir para a preservação da cultura e da história dos povos originários. A entrada é gratuita e aberta a todos os públicos, das 9h às 17h.

Cerca de 400 indígenas de dezenas de etnias do Brasil e da América do Sul irão participar do evento para entoar seus cânticos e danças tradicionais, fazer contação de histórias, rodas de conversa e debates, mostrar sua cultura viva, vender seu rico artesanato indígena e pintura corporal, em uma grande feira intercultural indígena com 90 barracas de expositores de vários povos.

“Será mais um grande evento que promove a valorização da cultura ancestral dos povos originários, proporcionando ao público uma oportunidade única de ter encontro pessoal com a cultura viva e troca de saberes com indígenas que estarão em contato direto com o público do Rio”, afirma Marize Guarani, presidente da AIAM.

Durante o evento, também serão colhidas assinaturas da campanha “Restauro Já”, pelo restauro do prédio do antigo museu do índio, ao lado do estádio do Maracanã, para que seja criado nele um centro cultural indígena aberto aos 305 povos originários que existem até hoje no Brasil. O prédio tem grande importância histórica pois, além de sediar o primeiro museu indígena das Américas, criado em 19 de abril de 1953, pelo Marechal Rondon e pelo antropólogo Darcy Ribeiro, foi sede do antigo SPI – Serviço de Proteção aos Índios que em 1976 deu origem a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (FUNAI).

Na realização do evento, a Associação Indígena Aldeia Maracanã (AIAM) conta com o apoio do Museu da República, do Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) e da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda do Rio de Janeiro (SMTE) que vai cadastrar os artesãos indígenas e oferecer cursos de empreeendorismo e de formação profissional.