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“O dia em que raptaram o Papa”, comédia brasileira mais encenada no mundo volta aos palcos

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A montagem do renomado dramaturgo João Bethencourt, “O dia em que raptaram o Papa”, volta aos palcos cariocas. A peça estreou em 1972, no Teatro Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, com direção do próprio autor. O elenco da primeira montagem contou com grandes nomes como Eva Todor e Afonso Stuart, e rapidamente se tornou um sucesso de público e crítica.

Foto: Guga Melgar

Agora, cinquenta e três anos depois e em pleno ano do centenário do autor, a comédia volta aos palcos em uma leitura contemporânea dirigida por Cristina Bethencourt, com os atores Giuseppe Oristanio, Claudio Mendes, Elisa Pinheiro, Gustavo Ottoni, Nando Cunha, Samuel Valladares e Beatriz Linhales. Aliás, durante toda a temporada, o público também poderá visitar a exposição “O Papa pelo Mundo”, no foyer do teatro. A mostra reúne doze fotos originais do acervo de João Bethencourt, com registros históricos de montagens internacionais da peça realizadas entre as décadas de 1970 e 1990.

A trama de “O dia em que raptaram o Papa” gira em torno de Samuel Leibowitz (Claudio Mendes), um taxista judeu do Brooklyn, que, movido por um impulso idealista e um desejo profundo de ver o mundo em paz, decide sequestrar o Papa (Giuseppe Oristanio) durante uma visita a Nova York. Em vez de dinheiro ou poder, seu pedido de resgate é simples e inusitado: um único dia de paz mundial. Com muito humor e humanidade, a peça conduz o público a uma reflexão sobre temas como fé, convivência entre diferentes culturas e religiões, utopias possíveis, e o papel da esperança em tempos de crise.

Para Giuseppe Oristanio, dar vida ao Papa nesse momento tem um sabor especial: “Fazer uma peça do João Bethencourt era um sonho dos meus primeiros anos de carreira, em São Paulo. Sempre que uma montagem dele chegava por lá, eu corria atrás de um papel — mas nunca consegui. Agora, no centenário do João, finalmente realizo esse desejo. Interpretar o Papa é um presente imenso. Estar nessa montagem dirigida pela Cristina Bethencourt, filha do autor, é uma honra e uma alegria.”

Desde sua estreia, “O dia em que raptaram o Papa” se consagrou como a peça brasileira mais montada fora do país, tendo sido encenada em mais de quarenta, como Suíça, Israel, Canadá, Estados Unidos, Alemanha, Áustria, França e diversas nações escandinavas, consolidando-se como uma das mais expressivas obras do teatro brasileiro no cenário internacional, até os dias de hoje. Um dos marcos dessa trajetória foi sua apresentação em 1973 no prestigioso Schauspielhaus de Zurique, na Suíça, onde permaneceu em cartaz por um ano, com lotação esgotada, em um teatro de 750 lugares. O espetáculo se tornou, até hoje, a maior bilheteria da história da casa. 

Além disso, a peça também foi alvo de críticas entusiásticas de veículos de grande prestígio internacional, como os jornais Le Monde e L’Osservatore Romano. Personalidades ilustres assistiram à montagem, entre elas a rainha Fabíola da Bélgica e o próprio Papa, em uma apresentação especial realizada no teatro do Vaticano.

Em 2024, o espetáculo voltou aos palcos suíços com grande destaque, integrando a programação do ‘Schlossfestspiele’, o maior festival de teatro do país, realizado no castelo de Hagenwil. A temporada, que durou um mês, foi novamente um grande sucesso de público e crítica.

Serviço: Temporada: 9 de maio a 22 de junho / Local: Teatro Fashion Mall – Sala Rosa Maria Murtinho (Estrada da Gávea, 899 – São Conrado) Horários: Sexta e Domingo, às 20h | Sábado, às 21h
(excepcionalmente no domingo, 11/05, o espetáculo será às 19h)
/ Classificação: 12 anos / Ingressos pela Sympla

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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