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“Boate das Fadas” estreia na Sesc Copacabana

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Na comédia “Sonho de uma Noite de Verão”, de William Shakespeare, a floresta mágica habitada por fadas, elfos e duendes é o cenário dos encontros e desencontros de quatro jovens amantes. Com idealização e dramaturgia de Julia Limp, “Boate das Fadas” é uma releitura do clássico, ambientada nos dias de hoje. Nesta comédia musical, a floresta dá lugar a uma casa noturna queer clandestina, onde os excluídos da sociedade são acolhidos, onde desejos e fantasias são vistos sem julgamentos.

A partir da linguagem do cabaré, com elementos de humor, sátira e erotismo, a peça discute gênero, sexualidade e corpos excluídos. Formado por sete aristas – Amarildo Moraes, Dai Ramos, Fernanda Chazan, Jeff Fagundes, Julia Limp, Marlon Vares e Michel Langer –, o elenco é acompanhado da musicista e diretora musical Rohl Martinez. Repleto de números musicais originais e muito humor, o espetáculo faz referência à cultura das casas noturnas e inferninhos LGBTQIAPN+ do Rio de Janeiro.

O núcleo principal da obra original, o quarteto amoroso formado por Hérmia, Lisandro, Demétrio e Helena, aqui é apresentado como dois casais homoafetivos. A casa noturna chamada Boate das Fadas é o palco para o desenrolar de um casamento proibido pelo patriarca influente da cidade, Egeu — que tenta forçar sua filha Hérmia a se casar com Demétrio, mas a jovem é apaixonada por Lisandra. Temendo o casamento forçado, as duas planejam se casar escondidas na boate.

“A boate se concretiza como esse lugar dos não aceitos, dos marginais, no sentido de quem não tem lugar na sociedade. É o local onde você pode ser quem você é. Acredito que essa mudança é grande virada em relação à obra original. É um espetáculo que fala dos desejos, cada cena é como se fosse um transe, um delírio”, diz Gustavo Damasceno.

Para criar as versões e paródias das músicas que permeiam a montagem, Julia partiu de um repertório brasileiro, tendo como influência o estilo brega, além da uma referência direta a atmosfera do musical “The Rocky Horror Show”. Há também a música tema da peça, “Abriu a Noite – Boate das Fadas”, composta em parceria com a diretora musical Rohl Martinez.

A montagem de “Boate das Fadas” celebra uma parceria familiar: Gustavo Damasceno e Julia Limp, pai e filha, já trabalharam juntos muitas vezes. Recentemente, estiveram em cena como atores na temporada paulistana de “Um Tartufo”, da Cia. Teatro Esplendor.  “Quando eu era criança, meu pai me levava para os ensaios. Os meus primeiros trabalhos foram sempre ao lado dele. Sinto que, com o tempo, depois que realmente decidi trabalhar com teatro, conseguimos firmar uma parceria de muita escuta. Confio no olhar dele e na generosidade que esse olhar tem com o meu trabalho”, diz Julia Limp.

SERVIÇO: Temporada: De 19 de junho a 13 de julho / Dias e horários: Quinta a domingo, às 19h / Local: Sala Multiuso do Sesc Copacabana (Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana) / Classificação indicativa: 16 anos. Duração: 1h30min.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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