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“Ecos Intrusivos” volta ao circuito carioca

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“Ecos Intrusivos”, do Grupo de Teatro VOZES!, está de volta aos palcos depois de um ano. Fundado no Complexo do Cantagalo, também conhecido como PPG (Pavão-Pavãozinho-Cantagalo), estreia, dessa vez, no Teatro Gláucio Gill, em Copacabana. Com direção de João Vitor Nascimento, professor e idealizador do projeto, a trama envolve um grupo de pessoas presas em um espaço claustrofóbico, assombradas por vozes e ecos perturbadores que desafiam suas percepções de realidade.

Cria da favela Vidigal, João Vitor Nascimento conta que o projeto é um espaço para jovens de periferia e que pulsa resistência e exalta a potência da arte periférica: “Eu penso muito no processo criativo do Ecos Intrusivos. É sobre como corpos que foram silenciados por muito tempo, conseguem produzir escrita”, conta o diretor, ator e idealizador do VOZES!, João Vitor Nascimento.

Com músicas autorais e direção de movimento de Rosana Barros, o espetáculo trabalha o corpo como ferramenta de pesquisa, com provocações construídas a partir de processos que foram feitas em aulas. João e Rosana estão à frente do Grupo de Teatro VOZES!: “É extremamente importante trabalhar a fisicalidade de cada corpo em todo e qualquer processo de criação artística. Junto a esses corpos, busco por uma expressão de reconexão, um reencontro consigo. É um convite feito a cada um desses artistas para que eles possam mergulhar neles mesmos e que se permitam deixar nascer/renascer sua fisicalidade primal, singular, ancestral, rítmica, e não de forma psicológica, mas física. Assim nos livrando da imposição de uma fisicalidade padrão, nos permitindo pesquisar e redescobrir uma expressão mais liberta, potente, aquilombada e enraizada de nós mesmos”, explica Rosana.

O espetáculo “Ecos Intrusivos” não veio para trazer respostas. Mas sim, tirar tudo do lugar. Veio para fazer perguntas, questionar, provocar, atravessar o público através de metáforas. “Para nós, ocupar teatros na cidade do Rio de Janeiro representa mais do que uma oportunidade artística. É uma afirmação de que nossos corpos, nossas histórias e nossas vozes têm lugar nos palcos dessa cidade. É uma vitória para todos os artistas pretos e periféricos que muitas vezes são marginalizados no cenário cultural”, ressalta João.

Serviço: Data: Do dia 5 até 27 de junho – Quintas e sextas, às 20h / Local: Teatro Gláucio Gill (Praça Cardeal Arcoverde, s/n – Copacabana) / Ingressos: FUNARJ

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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