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Maria Perdigão expõe telas e aquarelas na Fábrica Bhering

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É da terra que surgem os insumos essenciais à humanidade e à própria Natureza, vem dela  também os pigmentos e as substâncias através dos quais uma artista extrai as cores com que orna suas criações, é a partir dessa gênese telúrica que a artista visual Maria Perdigão cria sua arte, que desdobra-se entre a exuberância de telas abstratas e a delicadeza de aquarelas. Aliás, essas duas vertentes são os pilares de “Montanhas Cósmicas – Desejo de uma Ecologia Profunda II”, que reúne mais de 30 obras da artista, além de um grande livro cujas páginas têm pinturas também realizadas com recursos naturais.

Além disso, a exposiçãoterá uma maquete assinada pelo engenheiro agrônomo José Carlos Perdigão. A peça, que trata da importância  da água  à preservação da vida no Planeta, ficará exposta somente no dia da abertura.

Maria Perdigão, conta, “Conciliei geografia e arte e quero, através desta, ajudar a despertar nas pessoas a consciência para um mundo melhor”, ela convidou para o projeto seu irmão, José Carlos Perdigão, engenheiro agrônomo premiado ligado à Embrapa e com quem já queria fazer algo que chamasse atenção às mudanças pelas quais o Planeta passa de forma avassaladora. 

Os armários do ateliê de Maria Perdigão guardam vidros repletos de insumos que vão desde o pó do minério de ferro a cristais de pedras semipreciosas, passando pelas cinzas dos fogões de lenha. É do amálgama entre eles que a artista, nascida em Varginha (MG), extrai os tons e as cores latentes nas suas criações, presentes em museus como o Civico di Grafica, na Itália, e o José Hernandez, na Argentina. 

A aptidão para o desenho foi demonstrada  já na infância. Ela  tinha 14 anos quando,numa visita ao ateliê de Armando Viana, ficou tomada de arrebatamento. Ela viu ali que a arte poderia ser um ofício. Outro fator decisivo deu-se, anos mais tarde, quando ingressou na Sociedade Antroposófica no Brasil. Ali, não só aprimorou os estudos daquela filosofia, voltada a um maior conhecimento do homem e da Natureza, como também dedicou-se  à pintura.  

Atuar coletivamente é outra marca na trajetória da artista. Ainda em São Paulo, integra o coletivo de artistas conhecido como Grupo Semente, através do qual participou de suas primeiras  mostras naquela capital. Já o ano de 1998 marcaria sua primeira exposição individual, “Um esboço à procura das cores”, também realizada em São Paulo.

Da geografia à antroposofia, tendo ainda uma passagem pela dança flamenca, são muitas as vertentes que ajudaram a forjar a mulher e a artista que ela é hoje. A pintura é, sem sombra de dúvidas, a mais importante delas, como ela própria reconhece: – A pintura é a maneira que encontrei de me conectar à minha essência e de me expressar de forma mais genuína e verdadeira. 

E basta ver de perto a geografia composta por suas obras para constatar que a arte é o seu lugar no mundo. 

SERVIÇO: Visitação: de 21 de junho* a 05 de julho / Horários: das 11 às 19h, no dia da abertura  e, nos demais dias, às sextas e aos sábados, das 14h às 19h. / Local: Fábrica Bhering (Rua Orestes, 28, Santo Cristo) / Entrada franca 

*No dia da abertura haverá a participação do engenheiro agrônomo José Carlos Perdigão, que expõe maquete dinâmica sobre a importância do Ciclo das Águas para a preservação dos biomas do Planeta

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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