“Banzeiro” faz temporada na Cidade das Artes

“Banzeiro” é como o povo do Xingu chama o trecho de brabeza do rio. É onde a água se agita e tudo pode mudar. Na peça, este banzeiro vira metáfora da vida. É um solo inédito, idealizado por Clara Serejo, atriz há mais de 30 anos, moradora da Zona Oeste do Rio de Janeiro e que estreia também como dramaturga.

Com direção de Ana Luiza Magalhães, a narrativa é inspirada em pesquisadores e cientistas que investigam o antropoceno e como a arte e a vida podem se relacionar com o tema. Eliane Brum, Ailton Krenak e Sidarta Ribeiro são alguns escritores das obras de inspiração.

Esta é uma pauta potente sobre como transformamos crises — pessoais, ambientais, existenciais — em travessia poética e cênica para a construção de novos futuros possíveis. A trilha sonora conta com a música de Dona Onete de mesmo nome.

Se deixe levar pelo banzeiro e o balanço imprevisível das águas. O novo espetáculo que estreia no Rio, idealizado pela atriz carioca Clara Serejo, propõe justamente isso: uma travessia íntima, profunda, por vezes turbulenta —como tantas que fazemos ao longo da vida.

“Banzeiro” é inspirado em pesquisadores, cientistas e artistas que investigam o antropoceno e como a arte pode se relacionar com o tema. Com aproximadamente 1 hora de duração, é um chamado para lembrar que nunca deixamos de ser parte da terra, mesmo quando tentam nos fazer esquecer. É a atriz que se oferece como corpo-território, abrindo paisagens da própria vida para tocar questões que são de todos nós: o que nos atravessa? O que tentamos esquecer? Quais sonhos nos habitam?

Serviço: Datas: 18, 19, 20, 25, 26 e 27 de julho / Local: Cidade das Artes – Sala Eletroacústica / Ingressos: Vendas abertas pelo Sympla / Classificação: 12 anos