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“CARANGUEJA” volta ao circuito carioca

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A peça “CARANGUEJA”, escrita e co-dirigida por Tereza Seiblitz  e pela piauiense Fernanda Silva, fala da força criadora do planeta Terra.

Em tempos de catástrofes ambientais e crises políticas e econômicas, tornou-se urgente para a atriz e autora falar da importância da preservação deste bioma, bem como de todas as outras formas de vida, hoje ameaçadas pelo comportamento humano. “CARANGUEJA” fala da necessidade tomar para si a responsabilidade pela preservação e defesa deste bioma e a sua relação direta com a qualidade de vida sobre a Terra. 

A peça propõe uma experiência sensorial de um manguezal e seus símbolos. Pelas mãos e pelos múltiplos estados e vozes vividos pela atriz, variados materiais como tecidos, madeira, metais e argila vão sendo continuamente ressignificados ao longo da ação.

Aliás, a experiência de Tereza Seiblitz com este bioma se deu pela primeira vez em 1993, durante as gravações da novela “Renascer”, da TV Globo, quando interpretou a icônica Joaninha, despertando na atriz e autora o desejo de compartilhar sua percepção de que o manguezal seria uma espécie de útero do mundo, um lugar onde a vida está em vertiginoso movimento de criação.O texto de CARANGUEJA foi escrito por Tereza Seiblitz em 2015 sob a influência de leituras teóricas e literárias em sua graduação em Letras, na PUC-Rio. Numa oficina a atriz se perguntou: “Como seria Samuel Beckett escrevendo sob o sol do Equador e as marés do Piauí? Como seria a busca pelo fim da angústia de Sarah Kane se estivesse grávida e morasse nos trópicos? Como se poderia levar uma plateia de teatro a experimentar o contato com um manguezal?”. O dramaturgo irlandês Samuel Beckett (1906-1989) e seus personagens de “lugar nenhum”, perdidos no tempo e no espaço, são fonte de inspiração para o nascimento desta andarilha, em cruzamento com a nossa brasilidade. A ideia é transportar o público do aqui-e-agora urbano ao ambiente selvagem de um manguezal.

“Quando estive num manguezal pela primeira vez, na Bahia, andei e afundei na lama por muitas horas. Tive a maravilhosa sensação de sentir a pulsação da fertilidade daquele lugar e pensei: ‘isso aqui é o útero do mundo.’ Era de manhã cedo, muitos filhotinhos de caranguejo brilhavam na luz do sol. A lama era uma espécie de colo alegre e vital.” (Tereza Seiblitz, idealizadora, autora, atriz e codiretora)

Serviço: De 08 de julho até 27 de agosto / terças e quartas às 20h  / Local: Teatro Poeirinha R. São João Batista, 104 – Botafogo / tel: (21) 2537-8053 / Ingressos em www.sympla.com.br e CLASSIFICAÇÃO: 12 anos 

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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