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“Cidade Partida – 30 anos depois” traz clássico de Zuenir Ventura de volta ao debate e às estantes

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Publicado originalmente em 1994, pela Companhia das Letras, “Cidade Partida”, de Zuenir Ventura, se impôs como um dos livros mais contundentes sobre a realidade social do Rio de Janeiro. Seu subtítulo não declarado, mas evidente, poderia ser: o cotidiano de uma guerra. Uma guerra que não se trava em campos convencionais, mas nas ruas da cidade, marcada pela distância entre morro e asfalto, num jogo de exclusão e privilégio que acirra ainda mais os ânimos.

Agora, três décadas adiante, o fio desse novelo volta a ser puxado com o lançamento do livro “Cidade Partida – 30 anos depois”, formado por sete artigos e oito entrevistas sobre o tema, em edição feita pela Pallas Editora em parceria com a Blooks Projetos e a MINA Comunicação e Arte. 

Inspirado no capítulo da obra original intitulado “Onde estão as vozes do Rio?”, o novo volume reúne nomes que pensam, vivem e transformam a urbe que se desenha fora dos cartões-postais. São lideranças, especialistas, militantes, artistas e pesquisadores que, individual ou coletivamente, atuam em defesa da população e do direito à cidade.

O livro abre com uma entrevista inédita, feita com Zuenir Ventura em abril de 2024. Na sequência, o leitor encontra artigos assinados por Elisa Ventura, Isabella Rosado Nunes, Mauro Ventura (os três organizadores do livro), mais Eliana Sousa Silva, Itamar Silva, Luciana Bezerra, Luiz Eduardo Soares, Silvia Ramos, Tainá de Paula e Viviane Costa. Essas vozes ampliam o olhar sobre os dilemas cariocas e – por que não dizer? – brasileiros.

A obra também traz entrevistas com personagens que fizeram parte da narrativa original, quando ainda havia muito a ser descoberto coletivamente: Caio Ferraz, José Junior, Manoel Ribeiro, Rubem César Fernandes e DJ Marlboro — que, nesta edição, participa de um diálogo potente com a artista Juju Rude, de Parada de Lucas, e com o produtor musical Anderson Sá, de Vigário Geral.

Fechando a obra, vem mais uma conversa. Desta vez, com o fotógrafo João Roberto Ripper, um dos criadores da Escola de Fotógrafos Populares / Imagens do Povo, que atua desde 2004 no Complexo da Maré. Aliás, a imagem da capa é dele. E a fotografia da contracapa leva a assinatura de Bira Carvalho (1970-2021), formado por Ripper. Bira era cadeirante desde os 22 anos, quando levou um tiro na comunidade.

A noite de autógrafos será na quarta-feira, dia 9 de julho, às 19h, na Blooks Livraria (Praia de Botafogo, 316, em Botafogo, Rio de Janeiro), com um bate-papo entre a historiadora Silvia Ramos, o ativista social Itamar Silva e os cineastas Roberto Berliner e Emílio Domingos.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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