Botti inaugura sua primeira loja no Rio de Janeiro

Com o forte pedido das clientes e admiradoras locais para conectar o universo slow fashion e autoral da Botti à leveza da bossa carioca, Bruna Botti, fundadora e diretora criativa da marca que leva o seu sobrenome, desembarca com a ideia de trazer à cidade a sua valorização ao processo de criação manual, o conceito artesanal, a desaceleração, o respeito do tempo, além do consumo consciente com propósito.

“O Rio sempre foi um destino que esteve nos nossos planos. Desde o começo da BOTTI já nos sentíamos muito abraçados por ele, não somente por acreditar que o estilo e DNA da marca conversam muito com o clima descontraído e caloroso da cidade, mas também pelas muitas clientes e amigas cariocas, que nos acompanham e nos apoiam há muito anos, e sempre demonstraram a vontade de nos ter mais próximos. Levamos um tempo para tirar do papel porque queríamos chegar do jeito certo: unir a essência do Rio à nossa história. O charme do Rio é muito enaltecido pelas galerias de rua, sendo o Ipanema 2000 uma das principais, e similar a isso, a nossa primeira loja física em São Paulo também era um ponto discreto em uma rua e não tinha aquele visual tão comercial. O foco é proporcionar um espaço leve, com uma arquitetura moderna e única, onde a compradora possa se sentir em um momento de conexão e sem pressa”. Diz Bruna entusiasmada. 

Seguindo esta ideia, o projeto assinado por Alice Tepedino, fundadora da Aia Estúdio, e Raphael Tepedino com a participação de Matheus Amorim e Julia Martinelli, nasceu a partir da ponte entre a identidade da marca e o contexto carioca onde ela agora se insere. Nascida em São Paulo, a BOTTI carrega em seu DNA um forte vínculo com o artesanal e a natureza, e, por isso, buscou traduzir esses elementos em uma arquitetura que une referências urbanas e naturais de maneira simbiótica. O piso, por exemplo, é dividido por uma linha curva que evoca o encontro entre mar e areia: de um lado, um carpete terroso; do outro, microcimento em cor clara, remetendo às paisagens litorâneas sob uma perspectiva abstrata, utilizando materiais associados ao ambiente urbano.

Para reforçar este diálogo, diversos elementos da loja se tornam os pontos altos. A iluminação principal, feita pela Falconi Iluminação, foi criada a partir de plásticos reciclados pela Vaique, inspirada em estruturas de tenso-flex, que dão forma a uma superfície leve, etérea e sustentável. Os expositores de parede, feitos com pedras quebradas, se tornam plataformas para os sapatos, conferindo à instalação um ar de ruína controlada. Além desse, também foi criado um contraste entre alumínio escovado e palha nos assentos, desenvolvidos por Pedro Ávila, localizados ao fundo da loja. Para a vitrine principal, foi escolhida uma única grande pedra com acabamento que evoca uma falésia. A loja permanece aberta ao espaço comum da galeria, sem porta, permitindo uma integração fluida entre interior e exterior — como se a natureza estivesse sempre convidando para dentro. O letreiro, feito em cerâmica por Maria Alice Salgado, completa a proposta ao oferecer um detalhe artesanal e inesperado, reforçando a estética bruta e sensível que norteia o projeto.

Em um espaço sem portas, aberto a receber quem passa, as famosas peças da Botti, como a clássica sandália Laura, a Rapunzel com tranças em couro, as conceituadas Olinda e Marlinda com os canutilhos bordados, as inusitadas Ayla e Alice de franjas de ráfia, as sapatilhas Gabrielle, Gabi e Greta e os mocassins Benedita e Marieta chegam traduzindo o espírito livre do design em uma diversidade de tamanhos, saltos, cores e materiais. Além destas, a novidade também inclui acessórios como os cintos e as pochetes e as velas e kit panneaux da linha Home. 

A partir do dia 07 de agosto, a BOTTI abre as portas no 2o piso da Galeria Ipanema 2000. O horário de funcionamento será de segunda a sexta, das 10h às 19h, e aos sábados, das 10h às 15h.