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“Feio” reflete sobre redes sociais, tecnologia e o desejo de aceitação

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O impacto das redes sociais na construção da identidade, a busca incessante por aceitação, o excesso de medicalização e os limites entre humanidade e tecnologia são alguns dos temas que atravessam “Feio”, espetáculo da companhia Dobra que retorna aos palcos em nova temporada no Rio de Janeiro.

Livremente inspirado na fábula O Patinho Feio, de Hans Christian Andersen, o espetáculo propõe uma reflexão atualizada e provocadora sobre o modo como as tecnologias e o ambiente virtual moldam a forma como nos enxergamos e nos relacionamos. Na trama, uma família tradicional é surpreendida pela gravidez de gêmeos — “Feio” e um segundo filho essencial para o desenrolar da história —, e a partir deste enredo fabular, a montagem explora questões como o medo da rejeição, a pressão por pertencimento e a tentativa constante de corrigir aquilo que foge dos padrões, seja no corpo, no comportamento ou na imagem.

“Feio nos convida a refletir sobre a feiura como aquilo que resiste a se encaixar, a se enquadrar em padrões. A peça apresenta figuras que tentam simplesmente existir em um mundo onde já não sabemos ao certo o que é real e o que é humano, quando tudo parece confuso e a realidade ameaça desmoronar. É nesse terreno frágil e instável que o espetáculo se instala — questionando os limites da nossa relação com a tecnologia, com o celular e com a distância cada vez maior entre imagem e realidade”, destaca a diretora Helena Marques.

Feio é um retrato das angústias humanas, das fugas da realidade e da relação com a tecnologia, construído com humor, estranheza e, paradoxalmente, beleza. O espetáculo convida o espectador a usar sua imaginação para mergulhar nessa realidade distópica e refletir sobre temas contemporâneos de maneira inesperada.

Com dramaturgia de Cecilia Ripoll, direção de Helena Marques e atuação de Breno Paraizo, Caio Passos, Fábio Lacerda e Reinaldo Dutra, o espetáculo investe em uma linguagem cênica que transita entre o gesto e a palavra, entre o real e o simbólico, entre o concreto e o abstrato. A pesquisa da companhia Dobra — desenvolvida ao longo de cinco anos e marcada por experimentações virtuais durante a pandemia — chega agora à sua forma mais madura nesta nova temporada.

“Feio reafirma o compromisso da Dobra com um teatro que provoca e instiga reflexões sobre o mundo contemporâneo, aproximando o público de dilemas atuais como o uso excessivo das tecnologias, a construção da autoimagem e os limites éticos entre o humano e o artificial.

Serviço: Temporada: 15 a 24 de agosto / Horários: Sextas e sábados, às 20h; domingos, às 19h / Local: Teatro Ziembinski – Av. Heitor Beltrão, s/n – Tijuca / Classificação indicativa: 12 anos / Venda online: https://ingressosriocultura.com.br/riocultura/events/47143?sessionView=LIST

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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