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“Perigosas Damas” aborda a liberdade feminina no Brasil

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“Perigosas Damas” é um espetáculo solo, idealizado e protagonizado por Geovana Pires e tem como ponto de partida o livro ‘Histórias de um silêncio eloquente’ de Thaís Dumêt, no qual extraiu histórias do início do sistema prisional para mulheres no Brasil, que data do início do século XX. O espetáculo tem dramaturgia assinada por Geovana, Elisa Lucinda e Denise Stutz.

“Perigosas Damas” é fruto de uma pesquisa intensa, inclusive dentro de penitenciárias onde a idealizadora realizou projetos sociais como sócia da  Casa Poema junto com Elisa Lucinda, e contou com o reforço criativo da direção de Denise Stutz e Soraya Ravenle como diretora musical. No palco, Geovana aborda o sexismo, opressão e sobretudo a liberdade por meio de vivências femininas reais do passado, mas que se assemelham com a realidade atual de muitas mulheres. 

“Ao longo da história da civilização humana foram criadas leis e mecanismos de contenção para que, independentemente da cor e da classe social, as mulheres fossem encarceradas em manicômios, conventos e sistemas prisionais por serem sexualizadas, lésbicas, extrovertidas, inteligentes, terem repulsa sexual ao marido, praticarem a cartomancia, prostituição, etc.”, analisa Geovana. 

Ela aponta ainda que o espetáculo lança mão da  narrativa  poética para ajudar a contar essas histórias. Ainda segundo Geovana, na Casa Poema, instituição criada em 2008 por ela e Elisa Lucinda,  que há décadas trabalha em diversas camadas sociais usando a poesia como ferramenta de ensino, são ministradas aulas para vários setores da sociedade como quilombos,, pessoas em medida socioeducativa,,  população de rua e população trans. 

“Esse espetáculo é fruto da experiência, minha e de Elisa Lucinda, de quase duas décadas trabalhando com toda essa diversidade. A poesia entrou na peça se encaixando com a minha história na Casa Poema, onde trabalhamos com as mulheres privadas de liberdade através da poesia falada. O processo de ensaio foi muito intenso pois não estamos falando só delas . Eu também me vi nelas.  E assim, fomos construindo a dramaturgia durante os ensaios.  E foi lindo por ter sido uma junção de várias mulheres com vivências diferentes”, conta Geovana. 

Ao resgatar essas vidas femininas, Geovana apresenta também versões em rap de alguns poemas de Elisa Lucinda, que foram musicados por Soraya Ravenle, que evidenciam o quanto a liberdade feminina frustrava o Estado na tentativa da limpeza moral e racial a que o Brasil foi submetido.

SERVIÇO: 15 a 31 de agosto – Sexta e sábado às 20h e domingo às 19h / Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto – Rua Humaitá, 163 – Humaitá / Vendas: https://bit.ly/ingressos_perigosasdamas / Classificação: 14 anos.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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