“Teatro a Varejo” oferece cinco espetáculos de curta duração

“Era uma casa muito engraçada. Não tinha teto, … ” mas tinha um palco, público e diversão. Assim era o Teatro do Saara, empreendimento aberto, em 2017, por um grupo de aventureiros teatrais, que transformaram as ruínas de um antigo prédio em um espaço cultural no Largo de São Francisco. Foram quase 250 apresentações de espetáculos curtos, por onde passaram mais de 3.500 espectadores.

Oito anos depois, a equipe está de volta, de 11 de agosto a 15 de novembro, com a mesma proposta. Agora batizado de Teatro a Varejo, o projeto oferece lazer de qualidade no centro da cidade, no horário do almoço, sem que o espectador precise se planejar com antecedência. A iniciativa vai ocupar um andar desativado do Centro Cultural Carioca, na Praça Tiradentes. Este projeto foi contemplado pelo edital Pró-Carioca, programa de fomento à cultura carioca, da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, através da Secretaria Municipal de Cultura

Com idealização do diretor Fernando Maatz, o Teatro a Varejo apresentará cinco espetáculos de meia hora, em três sessões de segunda a quinta-feira, às 12h15, 13h15 e 14h15, com ingressos a R$10. Com texto de Luciana Zule, “O Homem que Via os Mortos”, “O Sequestro no Trem Fantasma” e “Dr. Federico, o Hipnótico”, que faziam parte do repertório do Teatro do Saara, estão de volta, agora com direção de Marcela Andrade, Roberto de Souza e Márcio Nascimento, respectivamente. Fernando Maatz, que dirigiu todas as montagens anteriores, agora é responsável pelas novas peças: “Flor de Carne e Sangue – A Comédia Romântica” de Camilo Pellegrini, e “O Fantástico Cérebro de Dr. Frederico”, de Cecília Ripoll. No elenco, estão Dulce Penna, Isis de Dan, Bruno Aragão e Hugo Germano.

“Nossa proposta é inserir o teatro no dia a dia das pessoas, e estimular a sensação de pertencimento dos trabalhadores e frequentadores do centro da cidade. O Teatro do Saara foi um sucesso! Confirmou a disponibilidade das pessoas de irem ao teatro, com destaque para os inúmeros espectadores de primeira viagem, que foram e voltaram, comprovando a vocação popular do projeto. A estratégia de títulos-argumentos chamativos e autoexplicativos será mantida.”, comenta Fernando Maatz. 

“Em 2017, transformamos um prédio histórico abandonado em um teatro pulsante — mesmo sem teto ou instalações básicas, fizemos nascer um palco com cortina vermelha, rotunda e plateia, e mantivemos uma temporada de quatro meses. Agora, o desafio se repete no segundo andar do CCC, que estava desativado há mais de 15 anos, e que estamos revitalizando para receber o Teatro a Varejo. Ao fim do projeto, o espaço ficará como legado: mais um andar ativo desse centro cultural histórico no coração do Rio, devolvido à cidade e à cultura carioca”, acrescenta a produtora Natália Simonete.

O Teatro a Varejo tem como inspiração pequenos teatros do fim do século 19 e início do século 20: espaços populares que ofereciam um programa com diversas atrações. O maior expoente desse formato é o Théâtre du Grand-Guignol, teatro parisiense que alternava espetáculos de terror com comédia de situação.

Serviço: Temporada: 11 de agosto a 15 de novembro de 2025 / Centro Cultural Carioca (CCC): Rua Sete de Setembro, 237 – Centro / Classificação indicativa: 14 anos / Instagram: @teatroavarejo