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“PESAD[E]LO” reúne mais de 60 artistas no espaço independente Paradoxo

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Oespaço independente Paradoxo Casa Atelier, localizado na Tijuca, abre as portas para a exposição “PESAD[E]LO”, com obras de 63 artistas provenientes dos mais diversos territórios da cidade, configurando um amplo retrato da produção contemporânea do Rio de Janeiro.

Sob curadoria coletiva de Diogo Santos, Fabricio Guimarães, Monique Arau e Willy Chung, a exposição propõe uma investigação conjunta sobre o território do onírico em sua dimensão crítica, política e existencial sobre o pesadelo como método — metáfora de um tempo em que realidade e distopia se confundem, mas também se abrem como fresta para o desejo de futuro.

Entre os artistas convidados, estão nomes já consagrados, como Arthur Barrio, Claudia Lyrio e Pedro Varella, ao lado de jovens emergentes como Renan Henrique Carvalho, Manu Gomes e Fava da Silva, em um diálogo intergeracional que reforça o caráter inclusivo e insurgente da curadoria.

A exposição se estrutura como um percurso de intensidades sensoriais e afetivas. Vídeos, instalações, pinturas, esculturas e performances se justapõem em um tecido atmosférico de ritmos noturnos, silêncios espessos, pulsos de memória e flashes de vertigem. A materialidade das obras invoca o efêmero, o inacabado, o indizível – como se a própria matéria plástica fosse contaminada pelo sono.

A curadoria propõe também dispositivos de escuta e participação: oficinas, conversas, derivas noturnas e rituais coletivos fazem da mostra um corpo expandido, onde arte e território se contaminam mutuamente.

Assinada coletivamente, a exposição não parte de um centro, mas de uma periferia – geográfica e simbólica. O Paradoxo, situado fora dos circuitos hegemônicos da arte no Rio, é mais do que um espaço: é uma encruzilhada. Um ponto onde práticas, corpos e pensamentos se encontram em estado de fricção.

Mobilizar o circuito artístico em direção à Zona Norte é também um gesto curatorial insurgente. Nesse deslocamento, a curadoria aposta na escuta do território e na abertura de um campo gravitacional entre sonho e ruína, entre imagem e fantasma, entre arte e vida.

“Mais do que tematizar o pesadelo, esta exposição convida o público a habitá-lo. A cruzar sua densidade simbólica, seu mal-estar e sua beleza suspensa. Pois talvez, no fundo do pesadelo, ainda habite o impulso de sonhar. E sonhar, mesmo mal, ainda é um ato de resistência”, afirmam os curadores.

Serviço: De 07 de setembro até 04 de outubro de 2025 Local: Paradoxo Casa Atelier (Av. Édison Passos, 87 – sobrado)

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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