Zé Ramalho celebra sua trajetória com show no Qualistage

Zé Ramalho chega aos 75 anos de vida com uma posição única na música popular brasileira. É um momento de comemoração, e também de consolidação da sua presença sempre inquieta, criativa, antenada.

Aliás, antes mesmo de seu lançamento como artista profissional com seu histórico primeiro álbum que os fãs ainda hoje se referem como “o disco do Avôhai”, Zé Ramalho já acumulava realizações poéticas e musicais, tendo participado de bandas de Rock em João Pessoa e publicado literatura de cordel, “Apocalypse Agalopado”, em 1975.

Além disso, o imenso sucesso do disco de estreia ajudou a definir as linhas principais de sua imaginação criadora: o Rock, a música regional, a poesia popular do Sertão nordestino, o misticismo, a crítica social, o realismo fantástico, o psicodelismo. Elementos que ao longo destes 75 anos de vida ele se dedicou a cultivar e a fundir à sua maneira única e pessoal.

O impacto de seus primeiros álbuns surpreendeu a crítica musical e arrebatou o público. Os anos 1970 foram a época de uma grande “chegada” de artistas nordestinos nos palcos do Rio e São Paulo. Dentro dessa constelação de brilhos, a poética de Zé Ramalho reluzia com luz própria e uma estranheza que chamava a atenção.

A força mais sedutora estava nas letras, cuja poética rica e inesperada ajudou a fazer da obra de Zé Ramalho uma referência obrigatória na história do psicodelismo e da contracultura na MPB. São décadas de uma criação musical em que compositor e intérprete se completam, pois todo intérprete musical traz para perto de si o que de algum modo se harmoniza com seu espírito, sua voz, sua intenção de canto. O próprio Zé Ramalho é conhecido por dizer às vezes, sobre uma música alheia que pretende gravar: “Calma, ainda estou ramalheando a música pra deixar no ponto”.

Serviço:  8 de novembro / Local: Qualistage
Endereço: Avenida Ayrton Senna, 3000 – Barra da Tijuca / Ingressos em https://www.ticketmaster.com.br/