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“Chaves do Armário”, uma comédia costurada pelas músicas, no CCBB

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Quais músicas atravessam nosso inconsciente? Quais são as letras que nos fazem refletir sobre nós mesmos e sonhar com um futuro que parece impossível? Quais são as canções que aos primeiros acordes nos fazem emular performances, ainda que no sigilo do chuveiro? Essas perguntas inspiraram “Chaves do Armário”, espetáculo solo contemporâneo e multimídia estrelado, idealizado e escrito por Cristina Flores, que estreia no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro. 

A obra parte da força afetiva e emocional das canções de Zélia Duncan e Lulu Santos para revirar memórias, desmontar tabus e narrar um processo comum a muitos: o de libertação e afirmação pessoal, inspirado pela música. Dirigida por Cristina e por Nara Parolini, a montagem conta com as participações ao vivo da musicista e atriz Angeliq Farnocchia, que assina a direção musical, e do ator Felipe Maia. 

Misturando teatro, cinema, stand-up, musical e karaokê, a comédia romântica convida o público para dentro do bar onde a protagonista passa a vida ensaiando sua maneira de existir, no karaokê. É nesse espaço de shows e microfones abertos que a personagem, fã de Zélia, encontra o caminho para destrancar, um a um, os cadeados da heteronormatividade compulsória que sustentavam a sua homofobia internalizada. E a plateia também canta: o espetáculo é participativo e inclui números musicais compartilhados ao longo da dramaturgia.

Além da personagem central vivida por Flores, acompanhamos o ex-namorado, um fã de Lulu Santos, interpretado em projeções cinematográficas pelo ator Álamo Facó, com participação de Rodrigo Nogueira. A narrativa espelha, em paralelo, as trajetórias de Zélia e Lulu: dois ícones da música pop nacional que, em momentos distintos de suas carreiras, assumiram publicamente que fazem parte da comunidade LGBTQIAPN+, impactando gerações de fãs, parte positivamente, outros “no susto”.

“Chaves do Armário é menos uma peça sobre ‘quando’ alguém sai do armário, e mais sobre como isso se faz: com risco, com humor, com fantasia, com arte e…cantando!”, afirma Flores, artista múltipla, vencedora do Prêmio Questão de Crítica, indicada ao Shell e ao Coca-Cola de Teatro, e que acumula uma trajetória de criação, pesquisa e política cultural. A produção do espetáculo é da Queerioca, primeiro Centro de Artes e Cultura LGBTQIAPN+ do Rio, fundado por Cristina ao lado da também atriz, diretora e dramaturga, Laura Castro, que assina a direção de produção. 

Serviço: De 04 a 21 de dezembro / Teatro II – CCBB Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro / Classificação: 12 anos  / Ingressos

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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