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Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual lança projeto de audiodescrição no AquaRio

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Georgea Rodrigues, narradora, roteirista e diretora da Inclusive Acessibilidade Produção Cultural, lança, neste sábado (13), Dia Nacional da Pessoa com Deficiência Visual, mais um projeto de acessibilização no Rio de Janeiro. O AquaRio, na Zona Portuária, inaugura o recurso de audiodescrição panorâmica do seu Circuito de Visitação assinado pela produtora. Ao longo do percurso, são narradas histórias inusitadas e pitorescas sobre alguns dos 10 mil moradores do maior aquário marinho da América do Sul.

Arte, cultura e educação inclusivas são os fios condutores que norteiam a trajetória de Georgea. A Inclusive investe no conhecimento técnico e experiencial para produzir de forma singular seus projetos. A abordagem criativa e colaborativa propõe uma experiência impactante e, acima de tudo, anticapacitista. “Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto”, em cartaz na Caixa Cultural Fortaleza (CE); e a Nova Exposição Permanente do Museu do Futebol, em São Paulo, inaugurada em julho deste ano, são exemplos de trabalhos assinados pela produtora de acessibilidade.

“Acreditamos que o recurso da audiodescrição, tradução de imagens em palavras, não deve se limitar a atuar somente com a informação descrita. A audiodescrição pode e deve ir além, provocando e instigando o público a sentir integralmente a atmosfera da obra. Para isso, lançamos mão da busca por histórias inusitadas e pitorescas que produzam uma narrativa audiodescrita criativa e entregá-la por meio de sonoridades diversas e narrações expressivas. Na Inclusive, trabalhamos essencialmente sob essa perspectiva da acessibilidade estética, a fim de também transformá-la em uma experiência tão interessante que atenda não só ao público de pessoas com deficiência visual, mas ao público que se interessa por cultura. Isso para mim é inclusão”, afirma Georgea Rodrigues.

Na prática, o audiodescritor roteirista precisa compreender profundamente a obra e a partir daí produzir o conceito do trabalho que quer desenvolver. Exemplificando: a exposição “FUNK: Um grito de ousadia e liberdade”, que ficou em cartaz no Museu de Arte do Rio – MAR, trazia a influência do soul no funk carioca. A produtora de acessibilidade escolheu audiodescrever o percurso expositivo por meio de uma avó e uma neta, conectando o passado e o presente. Já na Nova Exposição Permanente do Museu do Futebol, criou o programa de rádio audiodescrito “Futebol é Mais”, reforçando a importância e a identidade do veículo de comunicação para a pessoa com deficiência visual. 

No Museu Casa Darcy Ribeiro, em Maricá (RJ), quem conduz a narrativa é o próprio Darcy, que revisita a casa onde morou e foi transformada em museu. A exposição “Nise da Silveira – A Revolução pelo Afeto”, que já esteve no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro, antes de embarcar para o Nordeste, conta com a presença de diversos personagens que conviveram com a psiquiatra, mostrando toda a sua trajetória.

“Quando fomos convidados a produzir a audiodescrição de Nise da Silveira não poderíamos produzir um trabalho convencional. A ideia era caminhar com a curadoria, trazendo justamente essa visão transgressora de Nise através do recurso da audiodescrição. Para isso, contamos com uma equipe de audiodescritores roteiristas, consultores e dubladores profissionais. O roteiro foi produzido sob a supervisão da Prof. Dra. Josélia Neves, reconhecida internacionalmente na área, e que também liderou a equipe de audiodescritores da Copa do Mundo Fifa de 2022, no Catar. Nomeamos esse trabalho como Experiência Sonora Descritiva, pois contou também com a criação de  sound painting (paisagem sonora)”, explica a diretora da Inclusive. 

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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