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Juíza do TJDF lança livro baseado em histórias reais de violência contra a mulher

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A Procuradoria Especial da Mulher do Senado Federal e a Juíza do TJDF Dra. Rejane Suxberger irão promover o lançamento da segunda edição do livro “Invisíveis Marias: histórias além das quatro paredes” na Biblioteca do Senado Federal. 

“Invisíveis Marias” foi escrita em forma de contos, entrelaça realidade e ficção para dar voz às Marias que, dentro de casa, viveram aquilo que deveria ser amor, mas se tornou dor. Entre relatos de audiências e ecos de histórias reais, o livro expõe as marcas que não desaparecem com a sentença. Mais do que literatura, é denúncia, memória e resistência, um convite à reflexão sobre a violência invisível que atravessa lares e gerações.

Ao longo de 10 mil processos examinados durante 10 anos, Rejane nunca teve a oportunidade de me deparar com uma vítima inteira. Todas se apresentavam dilaceradas não era apenas o físico, mas a alma dessas mulheres estava mortificada pelo julgamento que faziam de si mesmo. A sociedade, segundo a autora, se encarregava de desqualificar o resto.

As vítimas que protagonizam de forma indireta “Invisíveis Marias”, traziam consigo, ideias ultrapassadas de feminilidade e masculinidade como “justificativa” para os atos de violência. De um lado a mulher apresentada como coisa, propriedade tendo sua fala totalmente desqualificada; do outro lado, o agressor, fossem homens ou mulheres, se mostravam “injustiçados” pela Lei Maria da Penha, pois não era “bandidos”.

“Invisíveis Marias: histórias além das quatro paredes” traz relatos de sofrimento, dor e angústia que se transportaram da cadeira das vítimas, testemunhas e réus, para a cadeira da juíza. “As angústias dos que se sentavam à minha frente, por diversas vezes, me escoltaram até minha casa e passaram a ser companheiras de noites de insônia”, relata Dra. Rejane. “É a violência mais silenciosa que existe, sem a presença de expectadores, ou melhor, quando presentes, estes eram os filhos das mulheres. Os enredos eram os mesmos, mudavam apenas os protagonistas”, finaliza.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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