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Z42 Arte recebe “Coletiva Z”, com 64 obras inéditas de artistas diversos

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Reunindo 64 obras inéditas, a exposição “Coletiva Z” apresentará a mais recente produção dos artistas Benoit Fournier, Cláudia Lyrio, Fernanda Leme, Ilana Zisman, Kakati de Paiva, Laura Fragoso, Marcio Atherino e Maria Raeder, na Z42 Arte, no Cosme Velho. A exposição  apresentará pinturas, esculturas, instalação e fotografias, que pensam o eu, o outro, a sociedade e a natureza, e mostram ao público, de maneira acessível, um pouco das pesquisas autorais que os artistas vêm desenvolvendo. Em comum, todos os artistas possuem ateliê no espaço.

“A Coletiva Z nasce do desejo de reunir vozes singulares que investigam identidades, relações e paisagens. Cada artista apresenta um recorte único de sua pesquisa, construindo um panorama acessível e potente da produção contemporânea. É uma oportunidade especial de revelar ao público a riqueza da criação dos artistas da casa, cujas poéticas, em diálogo, se encontram e se complementam”, diz Zyan Zein, diretora da Z42 Arte. 

Grande parte da mostra será composta por pinturas, em diferentes técnicas. Cláudia Lyrio, cujo trabalho traz como tema o tempo cíclico da vida, através da observação da paisagem e do contexto ambiental, apresentará aquarelas da série Simbiose e pinturas da série de pássaros em grisalha e paisagens. Também tendo a natureza como tema, Benoit Fournierapresentará a série de pinturas “Paisagens metabólicas”, nas quais minhocas, fluxos de argila, minerais e água traçam linhas vivas nas obras, em um processo que revela dinâmicas ecológicas reais e um solo em transformação contínua. Além das pinturas, o artista apresentará duas esculturas em cerâmica também ligadas à agrofloresta, que reconhece o solo como um organismo vivo e regenerativo. 

Já Fernanda Leme mostrará pinturas nas quais pesquisa a imagem na contemporaneidade, traçando um paralelo entre a efemeridade das imagens e das relações. Entre as obras apresentadas, estará “Três Ursulinas”, baseada em uma foto dos anos 1970, que traz a imagem de três moças com camadas gráficas formando um espelho estilhaçado. Márcio Atherino também apresentará uma série de pinturas feitas este ano, na fronteira entre o figurativo e o abstrato, que dialogam entre si através das cores, do material e do movimento das pinceladas. A obra “Desconstrução”, por exemplo, sugere rostos que se desfazem. 

As relações de poder presentes nas imagens midiáticas são analisadas pela artista Maria Raeder, que investiga como essas imagens selecionam, ocultam e organizam narrativas. Na exposição, ela apresentará obras da série “Primaveras”, na qual fotografias jornalísticas de protestos recebem camadas de tinta que ocultam os manifestantes. O apagamento funciona como metáfora da invisibilização dos corpos em luta, e as imagens destacam vestígios de presença e ausência, evidenciando as formas de silenciamento e violência simbólica produzidas pelo poder e reproduzidas pela mídia. As camadas de tinta também tem um papel importante na obra de Kakati de Paiva. O objetivo principal de suas pinturas é representar os sentidos do ser humano através de camadas em cor, sendo cada uma referente a um sentido. A sincronização dos alinhamentos desenvolvidos nessas camadas de tinta remetem a relações e diálogos existentes nos nossos sentidos. 

Composta por diversas obras, a instalação “Arquivo: Britcheva”, da artista Ilana Zisman, parte de uma pesquisa sobre o massacre ocorrido em 1941, em Tiraspol, na Moldávia, cidade para onde a família da artista tentou fugir durante a Segunda Guerra Mundial. Após o massacre, os corpos foram enterrados em uma fossa comum, impossibilitados de reconhecimento. A partir desse episódio, perguntando-se sobre como elaborar uma memória sem corpo, a artista criou a instalação com pinturas, esculturas e lâminas de microscópio que pensa nesses corpos implicados pela terra e pela violência e sua possível sobrevivência no presente.

Já Laura Fragoso apresentará esculturas e fotografias da série “Crisálida”, que representa a necessidade humana de retorno ao casulo, fechando-se para o mundo. Nas esculturas, os casulos se formam em diferentes lugares, com identidades diversas; nas fotografias, a cola de isopor arrancada da pele, representa o doloroso e libertador processo de expansão.

Serviço: De 13 de dezembro de 2025 até 21 de dezembro, de 12h às 18h  / Z42 Arte Rua Filinto de Almeida, 42 – Cosme Velho / Telefone: (21) 98148.8146

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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