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Roda de conversa, aberta ao público, na exposição “Através do Olhar”

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Neste sábado (11), a partir das 13h30, a sede da organização social irá receber para uma roda de conversa, aberta ao público, a comunidade do Quilombo São José da Serra, um dos territórios retratados na exposição “Através do Olhar”, presente na galeria da Casa desde novembro de 2019.

“Este ano queremos valorizar ainda mais nossa história. Estarmos juntos com outras comunidades afro-brasileiras, compartilhando conhecimento e oferecendo ao público visitante a oportunidade de estarem conosco vivenciando momentos únicos, ouvindo os mais velhos, dançando e cantando jongo e aproveitando toda a memória e energia positiva presente em nossa Casa”, expõe Lazir Sinval – coordenadora cultural da instituição.

Formado por volta de 1850, o Quilombo São José é constituído por descendentes de escravos que vieram do Congo, da Guiné e principalmente de Angola e moravam nas terras da Fazenda São José da Serra. É o mais antigo quilombo do Estado do Rio, abriga cerca de 150 quilombolas, que mantêm as tradições africanas. Ele está localizado logo após o distrito de Conservatória, área do vale do café, que também faz parte da vida da fotojornalista Fernanda Dias, responsável pelos registros documentais sobre o quilombo na exposição “Através do Olhar”.

Fernanda relembra que seu primeiro contato com o Quilombo São José já tem sete anos e que a partir de então iniciou um trabalho de resgate justamente para que manifestações como essas não caiam no esquecimento. “Depois de toda pesquisa e registro, há um ano, comecei a soltar o material e, agora, estou muito feliz de poder trazê-los para estarem junto de nós na exposição, nessa roda de conversa, justamente na Casa do Jongo, um lugar influente para a nossa cultura. Vai ser um dia construtivo e muito especial para quem estiver lá conosco, finaliza.

A exposição tem curadoria de Thais Rocha e além de retratos sobre o quilombo, conta ainda com fotografias de Aparecida Silva, Thais Alvarenga e Valda Nogueira, sendo uma proposta trazida, em julho de 2019, pelo Sesc Madureira, em homenagem à data festiva pela comemoração da mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha. “Um trabalho que além de trazer fotógrafas negras, retoma uma tradição, ancestralidade africana daqueles que estão ali fotografados” explica Thaís.

O evento é gratuito e para quem quiser aproveitar para almoçar, estará sendo vendida a tradicional feijoada da Casa (R$20,00). A programação se encerra às 16h, com apresentações do Jongo do Quilombo São José e da Serrinha.

A Casa do Jongo da Serrinha fica na Rua compositor Silas de Oliveira, 101, em Madureira.

Créditos: Fernanda Dias

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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