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Musical “Lazarus” revisita romance “O Homem que Caiu na terra”, com linguagem surrealista

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Thomas Jerome Newton veio de Anthea para a Terra em uma missão desesperada para salvar os poucos habitantes que ficaram em seu longínquo e desconhecido planeta. Para isso, precisa construir aqui uma nave que possa trazer os 300 de sua espécie que ainda vivem em um planeta onde a água acabou e os recursos são cada vez mais escassos.

Escrito por David Bowie em conjunto com o dramaturgo Enda Walsh, “Lazarus” é baseado no romance “O homem que caiu na terra”, que na versão para o cinema teve Bowie no papel de protagonista. O roteiro narra a vida atormentada de Thomas Newton, um alienígena que viaja para a Terra para salvar seu planeta.

O romance tornou-se um verdadeiro clássico da literatura e uma delicada ficção científica. Publicado originalmente em 1963, a história ganhou reconhecimento em todo o planeta com a adaptação para o cinema dirigida por Nicolas Roeg, em 1976. O filme também marcou a estreia de David Bowie no cinema encarnando o protagonista alienígena.

O surrealismo da marca de Bowie assume a cena, com projeções catárticas, fazendo do musical uma revisão à obra de Bowie, com um olhar peculiar e imortal. É tecnicamente impressionante! Ele reflete os atores! E cria a ilusão que os artistas apareçam por dentro e por fora, condizentes com o conto. Uma banda ao vivo acompanha a trama. Singles clássicos tomam conta das vozes dos atores. “Lazarus” apresenta 18 músicas de diversas fases da carreira de Bowie, incluindo sucessos como “Life on Mars” e “Heroes”, além de faixas do último álbum do artista, falecido em 2016, “Blackstar”.

A montagem possui  um elenco com atores renomados como Jesuíta Barbosa, Valentina Herzage, Carla Salle e Bruna Guerin, entre outros. E eles fazem um bom trabalho, até por que não é fácil traduzir a linguagem de Bowie para o teatro. Ícone absoluto do Rock, considerado um andrógino por muitos, David Bowie ganha vida na boca e no corpo desses artistas, que se despem em cena, metaforicamente, pela obra.

O musical não faz menção ao figurino e maquiagem que o fizeram único na indústria, mas esse também não é o foco. O foco, aqui, é transformar o romance “O Homem que Caiu na terra”, crível aos olhos do público, se é que isso é possível.

Saiba mais sobre o espetáculo. 

Foto: Flavia Canavarro

Alê Shcolnik
Alê Shcolnikhttps://www.rotacult.com.br
Editora de conteúdo e fundadora do site, jornalista, publicitária, fotografa e crítica de cinema (membro da ACCRJ - Associação de Críticos de Cinema do Rio de Janeiro). Amante das Artes, aprendiz na arte de expor a vida como ela é. Cultura e tattoos nunca são demais!

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