Por lugares incríveis: Baseado no livro de Jennifer Niven, filme fala sobre luto, traumas e depressão

Baseado no livro de mesmo nome, de Jennifer Niven, Por lugares incríveis, nova adaptação da Netflix, entra no catálogo com a promessa de um novo filme romântico coming-of-age. Apesar do trailer e da sinopse dar essa sensação, o filme deveria vir com um aviso de gatilho para pessoas mais sensíveis e neuro atípicas, por se tratar de um romance que fala, principalmente, sobre luto, traumas e depressão.

Mesmo que o filme erre em relação ao aviso inicial, a obra em si tem realmente um cuidado ao retratar uma adolescente que acaba de perder a irmã em um trágico acidente, iniciando uma nova amizade e, consequentemente, um romance, com um garoto da sua turma que não se adequá aos padrões sociais estabelecidos: está sempre arrumando problemas, brigas e desaparecendo quando lhe convém. O que tem tudo para ser uma relação extremamente problemática do início ao fim.

A autora mostra, que mesmo em meio a algumas situações difíceis, é possível encontrar uma pessoa que te ame e te aceite, que passe por algumas barreiras para fazer a relação funcionar. O interessante é que o filme realmente trata essa situação de uma forma natural e verdadeira, e não colocando situações impossíveis para fazer o romance funcionar.

A fotografia e a direção dão um toque leve a trama, que mesmo que muitas vezes se torne melancólico, não perde o seu ar de pureza em nenhum momento, nem em meio ao caos que uma hora ou outra assola a vida dos protagonistas.

Resumindo, não assista Por lugares incríveis achando que irá acalentar o coração e ter um romance água com açúcar, mas também não perca a oportunidade de se emocionar com essa história.