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Bernard Cornwell: Um autor de feitos históricos

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Dependendo de como seja estudada, ou até ensinada, a história do mundo  pode ser realmente tediosa. Felizmente, existem diversos filmes e livros que tem sua trama baseada em episódios históricos, como o clássico “Coração Valente”, e o recente longa da Netflix, O Rei. Contudo, essas produções hollywoodianas não se importam em alterar os fatos como lhe convém para melhorar o roteiro. Como em O Homem que Matou o Facínora, se a versão é melhor que a verdade, publique-se a versão.

Este autor mostra que é plenamente possível criar estórias incríveis sem alterar os fatos históricos. Bernard Cornwell nasceu na Inglaterra em 1944, e é hoje um dos maiores nomes em romances históricos. Por ser um membro do Reino Unido, suas obras são focadas na história européia, principalmente com relação a Inglaterra. Até o momento, sua maior obra são os livros das “Crônicas Saxônicas”, série ainda em andamento com onze livros publicados no Brasil. Em questão de velocidade e número de livros poucos autores superam Cornwell, “As Aventuras de Sharpe” tem vinte um livros  que completam a série, também andamento, sendo deles quinze publicados no Brasil pela Editora Record.

As histórias do autor orbitam do século V ao século XV. Alguns de seus livros também abordam conflitos mais contemporâneos, como Waterloo sobre a derrota final de Napoleão. Uma das batalhas do filme citado, “O Rei”, tem relação com o livro Azincourt, nome da batalha retratada no filme. Caso o leitor tenha já ficado interessado em Cornwell, os dois livros ditos são excelentes para começar. Contudo, a trilogia mais famosa dele seria “Crônicas de Artur”, onde o autor narra as lendas arturianas com curadoria histórica.

Exatamente por ser o mais factual possível, Cornwell não faz nenhuma cerimônia em descrever como aquela época era imunda. Se tem algo que a obra dele demostra é que não é bonita, e nem tem o heroísmo trovador das batalhas. Muito pelo contrário, o terror de uma parede de escudos revela o pior medo de um homem, ou o faz sujar as calças, além da grande maioria deles estarem bêbedos. Os números dos exércitos muito dificilmente chegam aos milhares, o que nos faz lembrar o porquê das Legiões Romanas quase dominaram o mundo conhecido, já que uma Legião conta com no mínimo 3 mil soldados.

Mesmo que não haja glamour, todos os livros de Cornwell, mesmo o pior, são muito bons. “Crônicas de Artur” por exemplo prendem o leitor no primeiro capítulo 100% das vezes. Cornwell é a chave para o mundo da ficção histórica.

Foto destaque: BBC

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