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Henrique Portugal, tecladista do Skank, relembra trajetória da banda

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Henrique Portugal comenta parceria com Roberta Campos.

Foto: Weber Pádua

O ano de 2020 seria de comemoração e despedida dos palcos para o Skank. Depois de anunciar a pausa na carreira da banda, Samuel Rosa, Henrique Portugal, Haroldo Ferretti e Lelo Zaneti viajariam durante o ano, por todo Brasil, para comemorar os 30 anos de estrada com a “Turnê de Despedida”. Mas por conta da pandemia, a relação entre banda e público se voltou para as lives nesse período.

A banda chegou a subir no palco do Circo Voador, em 2019, relembrando sua relevância no pop-rock nacional! Agora, eles aderiram as Lives, tocando, inclusive, no  Mineirão, com o intuito de resgatar toda a nostalgia que envolve a história da banda e o Mineirão, conhecido também como a casa do Skank.

Ano passado, vocês anunciaram o projeto ‘Os Três Primeiros – Ao Vivo’, que destaca sucessos dos três primeiros álbuns da banda e algumas das músicas mais representativas do Skank nesse período. Como foi o processo de seleção das músicas para esse projeto?
Henrique Portugal – Antes de explicar o processo vale ressaltar que os três primeiros álbuns tem um coerência artística. Eles foram concebidos numa época onde a música jamaicana tinha um peso muito grande em nossas composições e arranjos. Este nome veio dos próprios fãs que já comentavam em redes sociais que gostavam dos “três primeiros álbuns” , mas só partimos para este projeto quando fizemos alguns shows tocando somente músicas do álbum “O Samba Poconé” e chegamos à conclusão que seria mais interessante tocar as músicas dos três álbuns.

 O Skank surgiu em 1991 e até hoje faz um sucesso absurdo. O que mudou na essência da banda nessa jornada? Aliás, se você pudesse enumerar os fatos mais marcantes, quais seriam eles?
Henrique Portugal – Uma carreira tão extensa é difícil fazer uma lista rápida de momentos importantes. Tocar em Ouro Preto na gravação do nosso DVD, tocar no ginásio Palau San Jordi completamente lotado em Barcelona, nossas apresentações no Rock in Rio.

Para uma banda que começou independente em Belo Horizonte ultrapassamos qualquer sonho que tivemos ao montar a banda. Só podemos agradecer as pessoas que nos ajudaram e também que nos acompanham em nossos shows até hoje.

 São mais de 6 milhões de discos entre CDs e DVDs vendidos, existe a sensação de dever cumprido ou vocês pretendem alçar novos voos?
Henrique Portugal – Acho que o mais importante é a realização do sonho de poder viver de música. Claro que tudo isto foi consequência de muito trabalho.

Vocês lançaram 13 álbuns ao longo dos anos, já lotaram as maiores casas em todas as capitais do Brasil, e agora, o quarteto resolveu anunciar uma parada. O que levou vocês a essa decisão?
Henrique Portugal – Acho que chegou o momento de cada um realizar projetos pessoais que a carreira e agenda do SKANK não permitem. Não existe briga ou desavença. Apenas vontade de fazer algo diferente.

A turnê “30 Anos” é embalada por coletânea de 30 hits da carreira, porém por conta do Coronavírus, ela teve que ser parada. Qual é o significado dessa pausa para banda? O que podemos esperar pela frente?
Henrique Portugal – Nós iriamos parar no final deste ano, mas por causa do que estamos passando adiamos a parada para o final de 2021. Afinal de contas trinta anos de carreira é um número a ser comemorado, não faria sentido parar antes de encontrar boa parte dos nossos fãs.

Foto: Diego Ruahn

Recentemente, vocês lançaram “Simplesmente”, em parceria com Roberta Campos. A letra fala da falta, da escassez do outro, da espera, da saudade. Como foi o processo de composição dela?
Henrique Portugal – Esta música foi composta há algum tempo, ganhou algumas versões muito bonitas com a do Pedro Mariano mas nunca havíamos feito a nossa versão pra ela. É uma parceria do Samuel com o Chico Amaral. Chegamos à conclusão que este era o momento e convidamos a Roberta que aceitou prontamente.

Por fim, gostaria de saber como vocês tem encarado essa nova perspectiva de shows? O que vocês tem achado das Lives? É satisfatório? Vocês acreditam que esse será o novo formato de shows?
Henrique Portugal – A grande preocupação neste momento é que as pessoas não corram riscos. Grandes aglomerações somente serão seguras com a vacina. As Lives são um alento para as pessoas e uma solução para os artistas.

Eu acredito que o formato de Live gratuita será substituída por um serviço pago. O circuito de musicais de NY, Broadway, já tem sua plataforma. O Nick Cave acabou de fazer um show em Londres utilizando um tipo de serviço como este. Mas nada substituirá a experiência de um show ao vivo.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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