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Maria Alencar, Regina Braga, Gregório Duvivier no Teatro #EmCasaComSesc

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Sesc São Paulo promove desde maio a série Teatro #EmCasaComSesc.

Direto da casa dos artistas, sempre às segundas, quartas, sextas e domingos, às 21h30 direto do Youtube e do Instagram do Sesc São Paulo.

Na semana em que a programação completa três meses no ar, o público confere os espetáculos “A Cobradora”, com Maria Alencar, “Um Porto para Elizabeth Bishop”, com Regina Braga, a leitura de “(A Montanha vai a) Sísifo”, com Gregório Duvivier e Poema em Queda-Live – Episódio 1, com a Cia. Mungunzá.

Abrindo a semana, na segunda-feira, 10, a atriz Maria Alencar interpreta Dolores em “A Cobradora”, uma adaptação do monólogo teatral multimídia com as histórias de muitas mulheres: contemporâneas, míticas e inimagináveis. O monólogo é indicado para maiores de 16 anos.

Na quarta-feira, 12, Regina Braga parte da sua experiência na peça “Um Porto para Elizabeth Bishop”, para contar sobre o período em que a poeta norte-americana viveu no Brasil. Regina interpreta a aventura de uma mulher frágil e solitária diante de um país estranho e de seus demônios internos. Aliás, Elizabeth Bishop é autora homenageada desta edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), adiada devido à pandemia. O ciclo de palestras em torno da autora homenageada, no entanto, acontece on-line a partir de 10 de agosto, em parceria entre o Sesc e a Flip.

Foto: Elisa Mendes

O mito grego de Sísifo é a inspiração do ator, apresentador e humorista Gregório Duvivier, no monólogo de sexta-feira, 14. Em tempos de isolamento, mesmo os personagens míticos são obrigados a cumprir seu expediente em regime de home office. “(A Montanha vai a) Sísifo” é um remix atualizado do espetáculo escrito por Gregório Duvivier e Vinicius Calderoni, interpretado pelo primeiro e dirigido pelo segundo. Uma ressignificação contemporânea do mito – na mitologia grega, o personagem é condenado a repetir eternamente a tarefa de empurrar uma pedra até o topo de uma montanha, sendo que, toda vez que está quase alcançando o topo, a pedra rola novamente montanha abaixo. O texto, que conecta a mitologia ao caótico mundo hiperconectado e ao Brasil dos memes, é indicado para maiores de 16 anos .

No domingo, 16, a Cia. Mungunzá apresenta o primeiro episódio de seu “Poema Em Queda-Live”, uma narrativa digital inspirada no argumento do espetáculo “Poema Suspenso para uma Cidade em Queda”. A fábula contemporânea sobre a sensação de suspensão e paralisia geral do mundo moderno foi originalmente levada ao palco pela companhia em 2015 e é agora recriada em ambiente virtual. Intitulado “A Roteirista da sua vida e o Homem que morava dentro do sofá”, o primeiro episódio será apresentado no #EmCasaComSesc, com transmissão no YouTube do Sesc São Paulo e na página do Sesc Ao Vivo no Instagram, com apresentações também nos dias 18 e 20 de agosto no canal do Sesc Bom Retiro no YouTube. O segundo e terceiro episódios serão apresentados a partir de setembro pelas redes sociais da própria companhia.

Inaugurando a programação da próxima semana, na segunda-feira, 17/8, a atriz Dirce Thomaz apresenta o monólogo “Eu e Ela: visita a Carolina Maria de Jesus”, com direção da própria atriz-criadora e realização da Invasores Companhia Experimental de Teatro Negro.

Narrado em primeira e terceira pessoas, o espetáculo mostra a vida da escritora Carolina Maria de Jesus, que escreveu sobre sua trajetória repleta de luta, superação e sofrimento. Tendo por base a obra-diário Quarto de Despejo, o espetáculo recebe adaptação especial para a série Teatro #EmCasaComSesc. A classificação indicativa é 12 anos.

Com concepção, direção e atuação de Luciana Paes, integrante da Cia. Hiato, a peça “Olar Universo” será apresentada na quarta-feira, 19/08. Os textos do espetáculo são livremente inspirados nos livros “A Breve História de Quase Tudo”, de Bill Bryson, e “Sapiens”, de Yuval Noah Harari, obras que trazem para o público temas científicos gerais sobre o universo e as grandes perguntas feitas pelo homem. A direção de fotografia e operação de câmera é de Otávio Dantas e a trilha sonora de Kuki Stolarski. A peça narra a história de uma mulher em quarentena em seu apartamento, que tenta entender por que o universo se deu o trabalho de criá-la. Classificação indicativa: 12 anos.

Na sexta-feira, 21, o ator Antônio Petrin apresenta “Só os Doentes do Coração Deveriam Ser Atores”, grande sucesso de público e crítica. Com quase 52 anos de carreira, o ator volta a interpretar Jacek que, assim como ele, é um ator. Na peça, o ator polonês está às vésperas da estreia de uma montagem de Ricardo III, de Shakespeare, quando seus médicos o proíbem de continuar a trabalhar, pois sofre do coração. Para Jacek, encerrar sua carreira significa sua própria morte, tamanha sua vocação artística. Por isso, ele continua os ensaios. Atuar para ele é o que o faz estar vivo. Inspirado no depoimento de um ator polonês cardíaco, transcrito no livro Além das Ilhas Flutuantes, do diretor teatral italiano Eugênio Barba, a peça foi escrita e é dirigida por Eduardo Figueiredo. A trilha foi criada exclusivamente para o espetáculo, com piano interpretado por Elaine Giacomelli. Classificação indicativa: 14 anos.

Um palhaço em crise de identidade busca ajuda em uma sessão de terapia on-line. Este é o início do monólogo “Pontos de Vista de um Palhaço”, com Daniel Warren, que acontece no domingo, 23.

Com direção de Maristela Chelala, que também assina a adaptação do texto original baseado no romance homônimo do escritor e dramaturgo alemão Heinrich Böll, Prêmio Nobel de Literatura em 1972, o espetáculo revela o lado melancólico do ofício de quem faz rir.

O texto desloca o foco do protagonista amargurado do livro de Böll, Hans Schnier, e o fragmenta entre Hans e seu alter ego, um palhaço chamado Schnier – que, na adaptação de Chelala, se transforma no narrador da história, criando novas possibilidades de humor.

Para interpretar a crise de identidade do personagem, Daniel Warren passeia por estados de espírito opostos, da graça ao sarcasmo e à revolta, manipulando com sutileza a máscara do palhaço para alternar-se entre Hans e Schnier. A peça é indicada para maiores de 12 anos.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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