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Roberta Campos lança EP com músicas inspiradas pelo isolamento social

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Cantora assina produção do EP, juntamente com Sergio Fouad.

Foto: Divulgação

A cantora, compositora e violonista mineira Roberta Campos criou durante o período de isolamento social as composições que deram origem ao seu mais recente trabalho “Só Conheço o Mar”, que conta com cinco canções, certamente, autorais. A cantora que havia lançado em fevereiro um clipe para o carnaval com o Olodum da canção “Vem me buscar”, usou a pandemia, surpreendentemente, como inspiração, para escrever sobre seus sentimentos.

O EP, foi, afinal, lançado no dia 11 de dezembro e traz canções sobre o amor, esperança e um processo de autoconhecimento que a cantora passou nestes últimos meses. O estilo de Roberta neste disco traz o desejo que tudo fique bem, algo inspirador e necessário neste momento de dificuldade e incertezas. Inesperadamente, nesse novo trabalho a cantora trouxe arranjos de metais e instrumentos como hammond e flugel, sobretudo, sem deixar de lado sua versão já característica de MPB, acompanhada do violão.

Além disso, este é o primeiro trabalho da artista assinando a produção de um EP, juntamente com Sergio Fouad. Quatro das músicas do novo álbum foram compostas pela artista sozinha, e “Cada Acorde é Seu” foi uma parceria com Marina Campos, sua esposa e empresária.

1) Para este novo álbum “Só Conheço o Mar”, gravado durante este processo de pandemia, como foi seu processo criativo? Você criou algum ritual para compor as músicas ou foi de forma intuitiva?
Roberta Campos – Confesso que no primeiro momento, quando soube da pandemia e a necessidade de nos isolar, eu tive um bloqueio criativo de alguns meses. Depois me vi na necessidade de falar, de escrever, criar, então, comecei a compor bastante. Assim veio a ideia de gravar o EP, porque eu queria contar para as pessoas sobre meu sentimento nesse período. Falo de um isolamento a dois e de um isolamento em mim, onde me olho bem de perto.

Cada canção tem um universo e fala dos meus sentimento e momentos na sequência que os senti e na ordem do EP! Foi muito fluido! Vinha a ideia, a vontade de sentar e compor e eu respeitava isso. As canções se formaram em poucas semanas.

2) As canções do novo disco são todas em clima de romance, porque? E qual foi a sua inspiração para compô-las? Aliás, qual foi a inspiração para o nome do álbum?
Roberta Campos – Na verdade, não são todas em clima de romance. Algumas delas eu falo de amor, porque descrevo o meu relacionamento. Faço isso em “Cada Acorde é Seu”, onde inclusive divido a composição com Marina Campos, com quem divido esse e isolamento e divido minha vida. “Meu Amor é Seu” é uma canção que fala do meu amor dentro desse período, onde somos resilientes, pacientes, cumplices, generosas e criativas.

Em “Sentinela” eu falo de mim, somente de mim, e como me vejo nesse momento e nesse mundo. Já em “Me Leve Pra Voar”, mesmo tendo um tom amoroso e romântico, ela fala de uma urgência de sair desse momento. Em “Tudo Vai Ficar Bem”, faço como em um mantra, que evoco a energia da esperança, do amor, da resiliência, da vida!

O nome do álbum veio com a ideia de falar que mesmo como o mar, que é uma imensidão, um órgão vivo e eu só conheço parte dele, cada pessoa e cada parte da vida, eu também conheço somente um pedaço. Assim como eu, que as vezes acho que sei sobre mim!

3) Como foi o processo do clipe da canção “Vem me Buscar” que você gravou em parceria com o Olodum, antes da pandemia? E de onde veio a ideia?
Roberta Campos – O clipe de “Vem Me Buscar” foi gravado antes da pandemia! Lançamos durante do carnaval! A ideia veio de fazer parte do carnaval de alguma forma. Aliás, eu sempreui muito fã do OLUDUM e sempre vi que essa música tinha um swing para nos juntarmos. Assim nasceu o convite que eles gentilmente aceitaram.

Depois da gravação da música, fui para Salvador para participar do ensaio de Carnaval com eles e também com meu amigo e parceiro de composições, Luiz Caldas. Aproveitei para fazer imagens e montar o vídeo clipe, que ficou lindo, colorido e alto astral!

4) A canção “Último Romance”, composição do cantor e compositor Rodrigo Amarante, do Los Hermanos, do disco “Ventura”, que você lançou em junho, tem uma releitura ímpar. Essa conexão com a banda já vem de longa data?
Roberta Campos – Obrigada! Vem de longa data! Eu sempre ouvi muito Los Hermanos, sou muito fã! E há um tempo eu troco figurinhas com eles, em especial com o Camelo, que já participou do meu disco “Todo Caminho É Sorte”, de 2015, cantando comigo a minha canção “Amiúde” , que também tem a participação de Marcelo Jeneci, no piano.

Em 2016, participei de um concerto incrível com a Orquestra Sinfônica Petrobrás, onde cantei as canções do álbum “Ventura”, dividindo os vocais com o cantor Rodrigo Costa. Aliás, “Último Romance”, é uma das minhas preferidas e há muito tempo desejei fazer uma releitura dela. Vi em junho o momento exato para isso! Durante esse período de isolamento, gravei a música e fiz o vídeo clipe em casa. Tem a participação do violoncelista cubano, Yaniel Matos que também fez a gravação do cello em sua casa.

5) Você teve contato com o Amarante durante o processo de gravação da música e do clipe?  
Roberta Campos – Infelizmente, não tenho contato com o Amarante. O pedido de autorização para a gravação da música foi feito através da minha gravadora. Mas de alguma forma, sempre tenho contato com todos os Hermanos, já que vivo ouvindo seus discos.

Juliana Meneses
Juliana Meneses
Jornalista, pesquisadora de comunicação, fotógrafa e escritora. Apaixonada por literatura, cinema, teatro, música e fotografia. Viciada em café e livros, nasceu para escrever e viver cercada de histórias.

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