“Vidas Secas” busca refletir a “seca” de outra perspectiva

“Vidas Secas” é um espetáculo livremente inspirado na obra de Graciliano Ramos, com concepção artística de Igor Lopes, traz à tona alguns temas que fazem parte não só da realidade nacional, como também universal: a opressão do homem pelo homem; o problema da seca e da água, oriundo de um desequilíbrio socioeconômico e ambiental; doze bailarinos corporificam imagens presentes, numa leitura que foge ao regionalismo, mas que busca refletir a “seca” de outra perspectiva.

“Trata-se de uma homenagem ao povo brasileiro através do nordeste, onde trago símbolos da cultura popular, uma riqueza imensurável, além do retirante do sertão que considero patrimônio nacional de resistência e exemplo de coragem para todo brasileiro”, fala Igor Lopes.

Aliás, as composições coreográficas foram originadas de um processo de colaboração coletiva, cuja pesquisa transita entre o movimento e o gesto e que dialogam com elementos cênicos que fazem um elo entre o imaginário das personagens e a nossa realidade.

” Além disso, ressignificar “Vidas Secas” em arte contemporânea (dança teatro) tem sido um desafio necessário na minha história. Como coreógrafo preto, morador de uma periferia do Rio, sei exatamente o que é viver em uma realidade com falta de recursos de subsistência. “Vidas Secas” é uma crítica social que se aplica a qualquer realidade e eu decidi contextualizar no urbano. Também busquei prestar uma homenagem ao povo brasileiro através do nordeste, onde trago símbolos da cultura popular”, Igor Lopes.

Serviço:
dia 6 de abril , terça-feira, 20h.
transmissão on-line gratuita no Youtube
Classificação livre
Duração 60 minutos