“Ainda Estamos Aqui” traz narrativa do processo de tornar-se negra através da conexão com sua própria história

“Ainda Estamos Aqui – Uma breve parte da nossa história negra”, livro da filósofa e comunicadora Hananza, relata seu processo de tornar-se negra, não no fenótipo, evidentemente, mas na reconexão com sua própria história e com a de sua família, abraçando toda a sua ancestralidade. Aliás, descobrir-se negra, para a autora, vai muito além do tom da pele.

A obra, publicada pela Editora Telha, atravessa temas importantes como racismo estrutural, racismo recreativo, privilégio branco, representatividade negra, militância, projeto de eugenia, luta antirracista e outros, os quais Hananza ilustra com diferentes situações vividas por ela.

Quem assina o prefácio é o jornalista e escritor sete vezes premiado com o prêmio Jabuti de Literatura, Laurentino Gomes.

“É preciso que mantenhamos a luta aquecida a favor da igualdade, mesmo que o toque na ferida aberta do povo preto ainda doa como machucado fresco. O povo preto passa por muita dor, mas segue bravamente honrando seus ancestrais na luta”, define Hananza sobre a proposta de sua obra.