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Obra de Johannes Brahms é homenageada por Horácio Schaefer e Sergio Melardi

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Johannes Brahms
Frame / Still

No dia 10 de novembro, quarta-feira, Horácio Schaefer e Sergio Melardi se apresentam pelo Youtube a obra “Duas Sonatas para Viola e Piano opus 120”, de Johannes Brahms.

Os amigos de longa data gravaram as duas últimas obras de música de câmara de Johannes Brahms (1833-1897), um dos maiores compositores do Romantismo alemão, escritas em 1894, na versão para viola e piano. O vídeo foi gravado no Estúdio Monteverdi.

A viola tem uma sonoridade íntima e profunda. Essas obras refletem muito essa reflexão, introspecção e são muito concisas, pensativas e ao mesmo tempo transmitem esperança e amor. Brahms já tinha parado de compor, mas conheceu Richard Mühlfeld, um clarinetista genial da Orquestra de Maine em um festival de música, e ficou tão impressionado com a habilidade do músico em tirar sons do instrumento que resolveu voltar a compor para clarinete, o que nunca tinha feito antes.

Brahms dizia que nesse final de vida as obras deviam ser mais simples e entregou ao clarinetista dizendo ser duas modestas sonatas, e ironicamente essas composições entraram para a história da música como um dos pontos altos da música de câmara. Os críticos da época foram quase unânimes em dizer que a obra tem uma mensagem intrínseca que é um pouco diferente de tudo o que o compositor fez antes. Tem uma melancolia que remete a vida que ele teve e o final de sua vida.

“Essa obra é um sol que se abre, uma luz, um olhar de esperança, que a vida valeu a pena. E interpretá-las há um encaixe nesse período que passamos por trevas e que agora já vemos esperança. Que a vida continue, muito bela pela frente, como um recomeço”, completa Schaefer.

Aliás, os críticos da época diziam que essas obras eram para poucas pessoas, que quem conseguisse desfrutá-las, encontraria algo único, bem diferente do que se escutava no período. Além disso, na pesquisa, o duo quis saber o motivo do compositor ter transcrito a obra para viola e para piano e encontraram dois motivos registrados: um que em uma turnê por cidades na Alemanha, com receio que o clarinetista não aparecesse, transcreveu para um grande amigo, o excepcional violinista, Joseph Joachim, para que pudesse tocar em algum imprevisto; o outro motivo foi que quando enviou para o editor, Brahms queria divulgar mais a sua obra e como o número de violistas era bem maior que os de clarinetistas, criou a versão para viola e piano. A versão para viola deu tão certo e difundiu tanto a obra de Brahms que integrou o repertório de grandes violistas consagrados e de estudo.

“Quando surgiu a Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc pensei em um projeto com música de câmara com um perfil mais intimista, triste e profunda, pelo momento que estávamos passando”, conta Melardi. Schaefer é spalla das violas da Osesp e Melardi é diretor da Interarte.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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