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“Negra Palavra I Solano Trindade” retorna aos palcos em teatros de municípios do RJ

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Peça sobre  Solano Trindade volta ao circuito carioca.

Negra Palavra
Foto: Mariama Prieto

O espetáculo “Negra Palavra I Solano Trindade”, que celebra a obra do poeta pernambucano, ativista político, ator de cinema, artista plástico, pesquisador de culturas populares e homem de teatro, retorna aos palcos depois de um longo período de apresentações on-line.

A construção da narrativa da peça é fruto de uma ampla pesquisa da poesia como base dramatúrgica e contempla a representatividade negra na criação, propondo um olhar sofisticado sobre o corpo dos artistas em cena. Na contramão dos estereótipos criados para objetificar e discriminar pessoas negras, “Negra Palavra | Solano Trindade”, recupera a trajetória do poeta, trazendo para a cena suas múltiplas vivências.

Desde sua infância em Pernambuco, colorida pela sonoridade das feiras populares e pela ancestralidade do maracatu à sua militância em diversas cidades do Brasil, como cidadão negro em um país racista. Além disso, o espetáculo redimensiona a poesia de Solano, dando um basta a seu apagamento histórico. Corpo, música e poesia se entrelaçam para representar uma só história: tanto a do poeta, em seu tempo, como a dos homens negros contemporâneos, aqui e agora.

Encenada originalmente por 10 atores, todos homens negros, desta vez, na nova versão presencial do espetáculo, o elenco também traz uma nova adaptação. Um dos artistas fez transição de gênero e agora uma mulher trans compõe o elenco, representando ainda mais as múltiplas faces de Solano.

Nos dias 26 e 27 de março, a montagem presencial inaugura o Teatro Chica Xavier, no Terreiro Contemporâneo, no Centro do Rio. Durante os próximos dois meses, a peça passará por dez municípios do Estado do Rio de Janeiro, levando ainda oficinas, debates em podcast e apresentações virtuais a escolas e comunidades por onde passar. Confira a programação!

O poeta pernambucano, reconhecido por uma vida de luta contra a opressão de negros e pobres, ganhou justa homenagem na peça criada pelo Coletivo Preto e pela Companhia de Teatro Íntimo, em 2019. Após temporadas com plateia lotada nos teatros Sesc Tijuca, Poeira e Casa de Cultura Laura Alvim, em 2020 foi adaptada para o formato on-line, sendo exibida em festivais digitais pelo mundo. Aliás, essa versão foi premiada no 15º Prêmio APTR na categoria Jovem Talento (Prêmio Manoela Pinto Guimarães) pelo elenco, além de ter sido indicado por Espetáculo Adaptado ao Vivo.

“O maior desafio e creio que, também, a grande força desse trabalho, veio da percepção de que as poesias de Solano são profundamente atuais”, afirma Renato Farias, roteirista e um dos diretores do espetáculo. Ele roteirizou a peça usando somente poemas de Solano.

André Muato acrescentou a musicalidade e as outras expressões artísticas que fazem parte da obra do “Poeta do Povo”. Orlando Caldeira, também responsável pela direção de movimento, assina a direção geral junto com Renato. Drayson Menezzes assina a direção de atores.

 Solano Trindade é uma referência fundamental na luta por igualdade no país, tendo fundado vários movimentos negros entre os anos 30 e 60. Levou sua arte e militância de Pernambuco para o Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e, finalmente, para a cidade de Embu, no interior de São Paulo, hoje conhecida como Embu das Artes.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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