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“Cora do Rio Vermelho” faz um passeio pela vida e a obra de Cora Coralina

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"Cora do Rio Vermelho"
Foto: Bianca Oliveira

Com vontade de montar seu primeiro monólogo, a atriz Raquel Penner começou a anotar frases, desejos e pensamentos soltos que, frequentemente, falavam sobre a força feminina e da alma da mulher brasileira. Ao reencontrar a obra de Cora Coralina, percebeu que a poesia e os contos da escritora e doceira goiana iam justamente de encontro à sua inquietação artística, este foi o início do espetáculo “Cora do Rio Vermelho”.

 Com dramaturgia de Leonardo Simões e direção de Isaac Bernat, o espetáculo é forte e delicado, assim como a escrita da poeta, Cora Coralina uma mulher múltipla e libertária, que, certamente,  removeu pedras e abriu caminhos para outras mulheres.

A dramaturgia de “Cora do Rio Vermelho” reúne passagens de sua vida e diversos poemas retirados dos livros “Vintém de cobre – meias confissões de Aninha”; “Meu Livro de Cordel”; “Villa Boa de Goyaz”; e “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”.

 “Quando Raquel me convidou para dirigir “Cora”, meu coração se encheu de alegria. Há anos, uma das célebres frases da poeta conduz o meu comportamento artístico e profissional: ‘Todo trabalho é digno de ser bem-feito.’ Aliás, esta mesma frase também orienta o que espero e procuro oferecer às pessoas. Como bem disse Carlos Drummond de Andrade: ‘Na estrada que é Cora Coralina passam o Brasil Velho e o atual, passam as crianças e os miseráveis de hoje. O verso é simples, mas abrange a realidade vária'”, celebra o diretor Isaac Bernat.

Ao longo da encenação, aparecem algumas músicas populares, unindo vozes femininas de cantoras/atrizes do cenário teatral brasileiro: Aline Peixoto, Chiara Santoro, Clara Santhana, Cyda Moreno e Soraya Ravenle. Além disso,  título se refere ao rio que banha Goiás.

Pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, Cora Coralina (1889 – 1985) é considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras. Nascida na cidade de Goiás, ela viveu mais de quatro décadas em São Paulo. Apesar de escrever seus versos desde a adolescência, ganhava a vida como doceira, e seu primeiro livro só foi publicado em junho de 1965, quando tinha quase 76 anos de idade. Escreveu sobre os lugares onde viveu, as pessoas com as quais se relacionou e a natureza que observava.

Serviço
Temporada: 12 a 26 de junho
Teatro Poeirinha (Rua São João Batista, 104 – Botafogo)
Dias e horários: quinta a sábado, às 21h, e domingo, às 19h.
Duração: 50 minutos
Lotação: 50 pessoas
Classificação Etária: 12 anos.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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