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“Castelo de Areia” aborda a vivência de cinco bailarinos.

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Castelo de Areia
Foto: Renato Mangolin

“Castelo de Areia”, segundo espetáculo de uma trilogia que iniciou em 2019 com “Do lugar onde estou mal te vejo”, fala sobre a vivência nesta cidade a partir da perspectiva de cinco bailarinos. Com um cenário composto por caixas de papelão, a peça traça uma relação profunda entre os corpos sólidos – caixa-corpo-cidade – o espetáculo.

Aliás, “Castelo de Areia” ressalta algumas características estruturantes da cidade: sua instabilidade, já presente desde o fato de ter sido construída sobre um mangue, aterrada, reformada inúmeras vezes, e sua impossibilidade de conter – o rio, as pessoas, o avanço das casas… Nesta cidade, onde até um morro com sólida estrutura pode ser removido, os habitantes precisam criar soluções criativas para morar, mesmo sabendo dos riscos de remoção, como se o seu solo fosse sempre uma areia movediça, ou a própria lama. Aqui, é sempre iminente a possibilidade de perder a estrutura – seja do corpo ou da própria casa.

Neste Rio carnavalesco onde a alegria corre por ruas e veias, é quase cotidiano vermos nossos sonhos desfeitos, como um castelo construído na beira do mar com frágil e fina areia.

“Castelo de Areia” foi contemplado pelo Prêmio Funarj de Dança, concedido pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Cultura e Economia Criativa e Funarj.

SERVIÇO
17 de maio – terça-feira – 19h
Teatro Armando Gonzaga / Avenida General Osvaldo Cordeiro de Farias, 511
19 de maio – quinta-feira – 19h – Teatro João Caetano / Praça Tiradentes, s/n- Centro
Classificação: Livre
Duração: 65 minutos

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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