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“Joãozinho e Laíla: Ratos e Urubus, larguem minha fantasia” homenageia o Samba e as figuras do carnaval carioca.

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Peça fala sobre a importância do Carnaval para quebra de paradigmas.

Joãsinho e Laíla: Ratos e Urubus, larguem minha fantasia
Foto: Claudia Ribeiro

O espetáculo “Joãozinho e Laíla: Ratos e Urubus, larguem minha fantasia” propõe uma homenagem ao Samba e a essas relevantes figuras do Carnaval carioca, cujas vidas fazem parte da história da cidade do Rio de Janeiro. Além disso, a peça percorre por acontecimentos de grande comoção midiática entre os anos de 1989 e 1990.

A montagem conta com oito sambas enredo que costuram a cronologia do espetáculo. Aliás, a ideia surgiu de uma conversa de Édio Nunes, diretor da peça, que participou do histórico desfile, com o coreógrafo de comissão de frente Patrick Carvalho.

Exu brilhou no desfile das escolas de samba e abriu os caminhos para o Carnaval carioca chegar aos palcos. Aliás, o tema, certamente, não poderia ser mais icônico, o trabalho dos geniais Joãozinho Trinta e Laíla sobre o emblemático desfile da Beija-Flor de Nilópolis em 1989, com o enredo “Ratos e urubus, larguem minha fantasia”, chega, surpreendentemente, aos palcos teatrais.

Todo aquele universo revolucionário de mendigos fantasiados e mendigos reais, com a réplica da estátua do Cristo Redentor em farrapos  coberta por um plástico preto chega agora ao teatro provando o quão importante é o Carnaval para a quebra de paradigmas.  “Joãsinho e Laíla: Ratos e Urubus, larguem minha fantasia”  faz uma desconstrução de preconceitos, e para a formação da cultura e dos valores de um povo.

O polêmico enredo, certamente, sacudiu a sociedade com um profundo debate sobre a secular questão da desigualdade social no país tinha por trás os incríveis Joãosinho Trinta e Laíla. Geniais e geniosos, os dois construíram uma trajetória de produção criativa e campeã, e uma relação pessoal repleta de admiração recíproca, de um lado, e de conflitos e embates entre temperamentos e vaidades, de outro.

O texto, assinado por Márcia Santos, traz a observação de que, este ano, uma escola de samba vencera o carnaval carioca levando para a avenida os diversos aspectos de Exu, arquétipo e entidade da religiosidade africana, confirmando a importância do Carnaval na desconstrução de preconceitos, na formação de conhecimento e na divulgação de valores históricos.

“Joãozinho e Laíla são, com certeza, dois dos responsáveis pela construção do espaço de transgressão e de irreverência que tem a arte, essa poderosa ferramenta social e política”, explica Márcia. “Minha sensação é de que, em sincronia com o tempo, nossa montagem chega na hora certa e crava, no seio da Zona Sul carioca, um pouco da história do carnaval e da comunidade de Nilópolis”, conclui a autora.

Em cena, Wanderley Gomes e Cridemar Aquino dão vida a Joãosinho e Laíla, respectivamente; enquanto Ana Paula Black e Milton Filho desdobram-se em diversos papéis. Junto com os três músicos em cena – Fábio D’Lélis (percussão), Leo Antunes (cavaquinho) e Marlon Jr (violão) – o elenco conta a história daquele desfile e seus personagens e leva ao público um pouco da dinâmica dos bastidores do carnaval, a rotina dos barracões, os sambas de enredo e as figuras que compõem esse universo.

   “Joãozinho e Laíla: Ratos e Urubus, larguem minha fantasia” faz temporada a partir do dia 9 de junho, em temporada que vai até 3 de julho, com sessões de quinta a domingo, às 19h, na Arena do Sesc Copacabana ( Rua Domingos Ferreira, 160, Copacabana).

 

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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