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Flash – Novo longa da DC aposta tudo no fanservice

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Flash Após várias polêmicas, o ator Ezra Miller finalmente chegou aos cinemas com o filme solo de Flash, tendo como base o consagrado arco “Ponto de Ignição” da DC Comics.

A DC teve muitos problemas para o lançamento deste longa, em parte por conta do temperamento explosivo de Ezra Miller, que se meteu em situações de agressões bem complicadas perante a justiça dos EUA. Em segundo lugar, depois do fracasso da linha editorial que estava sendo criada pela DC, encabeçada pela visão de Zack Snyder, vários projetos ficaram paralisados ou foram descartados totalmente. The Flash foi cancelado por um tempo.

Quando o novo diretor assumiu, aos poucos o filme foi sendo produzido, com vários entraves na produção por questões de elenco, entre outras coisas. Fato é, foi um trabalho muito longo, árduo e caro, que só seguiu adiante pela insistência do novo produtor do Universo Cinemático da DC, James Gunn.

Em Flash, Flash age meio que um faz tudo da Liga da Justiça, considerado o Plano C do Batman (Ben Affleck). À medida que o roteiro se desenvolve, Barry Allen (Ezra Miller) descobre que pode voltar no tempo, e portanto, salvar a sua mãe de ser morta. Aliás, como já vimos em vários outros filmes, viajar no tempo nunca é uma solução muito boa.

Ante de mais nada, esta critica contem spoilers! Flash é um filme muitíssimo divertido repleto de problemas. Vamos começar com o elefante branco na sala, um dos maiores pontos fracos dos filmes da DC sempre foram os efeitos de CGI, e isso já foi discutido em outros filmes, como Batman V Superman e Liga da Justiça. Os efeitos de Flash são tão ruins, mas tão ruins que eles prejudicam diretamente a sua conexão com a história.

Além disso, no arco final em que o herói confronta a si mesmo, na decisão de deixar ou não a mãe morrer, o público é convidado pela direção a se emocionar, todavia não chegamos ao ponto final porque não há como ignorar que os atores são bonecos de plástico digitais. De longe esse é o maior problema técnico do filme, pois o diretor, Andy Muschietti, poderia ter feito o uso de um bom jogo de câmera, além e da atuação dos atores.

Outra questão problemática é a atuação de Ezra Miller, que parece não ter decidido o tom que queria dar ao personagem. O Barry Allen de Ezra é ansioso, acelerado e parece ter vários problemas de interação social (assim como ele mesmo), porém que a maneira como o ator representa tudo isso não é crível, é apenas estranho. Quando ele está em cena com atores de maior peso, como Affleck ou Michael Keaton, a atuação de Miller melhora bastante. Ela oscila bastante, mas funciona quando precisa emocionar, pelo menos.

O terceiro e último problema é justamente o que tornou o filme divertido. Veja, este é um filme que se baseia pura e simplesmente em fanservice e nostalgia. Quando Barry e sua versão alternativa chegam a Batcaverna de Michael Keaton, a trilha sonora é a de Danny Elfman, tocada nos longas de Batman dirigidos por Tim Burton. Aliás, a direção de Muschietti faz várias homenagens aos filmes de Burton, com quadros que fazem referência direta a cenas dos longas antigos.

No início do filme, nós vemos a Liga da Justiça funcionando, trabalhando juntos para ajudar o mundo todo, sendo coordenados por Alfred (Jeremy Irons), aliás, é muito agradável ver Ben Affleck como homem morcego de novo, além da rápida aparição de Gal Gadot como Mulher Maravilha foi um delicioso presente. Infelizmente, não houve aparição de Henry Cavill, o que é uma pena, porque eles trouxeram vários Superman de outros universos.

No momento clímax do terceiro ato, os Flash criaram uma ruptura no multiverso DC, então nós vislumbramos esses outros universos. Neles estão o Superman e o Flash da década de 50, logo depois, para a felicidade incrível de todos, o Superman, de Christopher Reeve de 1978, e a Supergirl, de Helen Slater de 1984. Também vemos rapidamente o Batman de Adam West da série de televisão de 1966. E por último, um dos maiores memes da internet, temos Nicolas Cage como Superman lutando contra uma aranha gigante.

Fanservice sobre fanservice, que funciona, sim. Contudo, a questão é que no fim o filme não diz exatamente a que veio. Ele é uma reunião maravilhosa de todo o universo DC em toda sua história dentro do audiovisual, que conseguiu trazer de volta, acredite você, George Clooney como Bruce Wayne. Mas que não apresenta o que será da DCU daqui para frente, não avança a história da DC em nada. Ele é um bom filme sobre a origem de Flash, além de não se proporser somente publicidade em forma de filme, certamente, é uma excelente piada para os fãs.

A questão final é: podemos deixar de lado esse cerne vazio que o filme tem, e apenas aproveitar as piadas e o fanservice? Não há como negar que o longa diverte, arrepia, e tem uma boa ação. Ele vai, sim, fazer sucesso no boca a boca, entre os jovens e a galera nostálgica. Além de tudo é um bom filme para ver em grupo. The Flash acaba sendo um filme DC por ser divertido, mas com várias questões problemáticas.

 

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