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A Filha do Rei do Pântano: Daisy Ridley carrega nas costas seu novo filme

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A Filha do Rei do Pântano - Daisy RidleyA atriz Daisy Ridley ficou mundialmente conhecida por ser a protagonista da nova trilogia de Star Wars, depois disso se aventurou por várias produções, algumas grandes, outras pequenas, mas nenhuma que a colocasse em uma grande protagonismo dramático. Em A Filha do Rei do Pântano, Daisy Ridley é Helena, uma jovem mãe que esconde um passado tenebroso de sua família.

Filha de Jacob Holbrook (Ben Mendelsohn), ela e a mãe que foi sequestrada são forçadas a viver no meio de uma floresta. Por conta disso, Helena só teve contato com outras pessoas quase na adolescência, totalmente alienada por conta dos abusos que ambas sofriam. Em determinado momento, Helena e sua mãe conseguem fugir, e Jacob é preso. A menina vive sua vida, se casa e tem uma filha. Mas quando seu pai consegue escapar, seu passado revive e ela tem que usar tudo que aprendeu para derrotar o Rei do Pântano.

O roteiro de Elle Smith e Mark L. Smith, baseado no livro homônimo de Karen Dionne, mantém o espírito de uma obra literária, trazendo cenas de contemplação do ambiente ao redor, como a floresta ou o pântano. É possível escutar o canto de diferentes pássaros, tordos e pica-paus, o grilar de insetos e os ventos sempre sacudindo a folhagem.

Esteticamente a fotografia de Neil Burguer consegue, de fato, criar uma conexão entre o público e o ambiente ao redor. Não só isso, pois a medida que o roteiro desenrola sua trama, os traumas de Helena que retornam através de flashbacks, tornam mais palpáveis os abusos de Jacob. Aliás, os abusos são muito reais na sociedade ao redor, a lavagem cerebral na filha, a violência doméstica, o controle autoritário.

O filme é carregado quase que integralmente pela atuação de Ridley, que está incrível como protagonista feminina. Mesmo já inserida na sociedade, a personagem não consegue manter muitas interações sociais, se sente continuamente deslocada no ambiente urbano, e perseguida por um sentimento de culpa profunda. A atuação de Ridley consegue passar essa complexidade de sentimentos, mesmo com um olhar, sem uma linha clara de diálogo. Em contrapartida, Mendelsohn deixou um pouco a desejar. Por muito tempo, seu personagem permanecia dentro do que parecia ser uma figura carismática incompreendida, e ficou faltando o momento em que o monstro viria à tona. Podemos afirmar que o filme embarca mais em uma viagem introspectiva da protagonista do que ser um thriller, no máximo, consegue ser um suspense muito leve.

Justamente por manter esse ar de livro, A Filha do Rei do Pântano pode ser muito lento e monótono para espectadores acostumados a ação frenética, todavia possui um saldo positivo graças a fotografia e atuação de Daise Ridley.

 

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