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Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes expande e revive universo da franquia

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Filme é um convite para retornar a Panem.

 Algumas adaptações cinematográficas marcam a carreira de um ator, às vezes abrindo seus caminhos para o sucesso, como foi o caso de Jogos Vorazes que apresentou ao mundo Jennifer Lawrence. Não apenas isso, os quatro filmes baseados na trilogia de Suzanne Collins tornaram-se grandes sucessos que deram profundidade ao gênero de futuros distópicos.

Jogos Vorazes: A Cantiga dos PássarosEm Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes, Suzanne decide explorar o universo de Panem construindo o passado do maior vilão de sua trilogia, o Presidente Snow. A adaptação começa brevemente com a infância de Snow durante a primeira guerra entre a Capital e os Distritos, o que foi chamado de “Os Dias Escuros”. Logo depois há um salto temporal, onde temos o jovem Coriolanus Snow (Tom Blyth), tentando manter uma vida de aparências para realizar seu objetivo de tornar-se presidente de Panem.

O filme é dividido em três partes que abordam três momentos diferentes da vida de Snow. A primeira parte, ele será o mentor de um tributo para a décima edição dos Jogos Vorazes. É, certamente, perceptível que a narrativa em si é toda uma construção para a expansão do universo de Panem, pois os eventos deste filme não têm relações diretas, além das óbvias, com os quatro filmes da franquia.

O roteiro, de Michael Lesslie e de Michael Arndt, elabora perfeitamente uma crescente para que o público entenda como os Jogos Vorazes começaram e o que eles vieram a se tornar. Aliás, esse é o primeiro elemento dos três que formam o brilhantismo do longa, que conta com um universo simples, ainda que cheio de possibilidades, que incita curiosidade. Detalhes que, a primeiro momento, parecem minimamente uma referência para os fãs dos livros, colocados em linhas dúbias e situações que ajudam o público a especular, assim fazendo com que a história do filme seja construída com a participação de quem o assiste.

O segundo elemento fundamental do filme são personagens fortes com um elenco que sabe tirar o máximo deles. Aqui temos grandes nomes, como Viola Davis interpretando a Dra. Gaul, que é o mais próximo de uma vilã que poderia ter em um filme sobre um vilão. Jason Schwartzman sendo o alívio cômico usado cirurgicamente para quebrar os momentos de tensão sem ridículo.

Já Rachel Zegler oferece vários shows no filme com suas múltiplas canções, enquanto Peter Dinklage e Hunter Shaffer fazem papéis, ainda que rápidos, essenciais para a trama e com duas personalidades tão fortes que chegam a ofuscar os colegas em tela. Além disso, o protagonismo de Tom Blyth ganha bastante força na metade do filme, todavia ele é facilmente ofuscado toda vez que Viola Davis surge em cena, pois sua personagem é tão bem escrita e interpretada que quando ele some do filme por um bom tempo, deixando um certo vazio.

O terceiro e último elemento conta com uma direção que consegue produzir uma marca no filme. Jogos Vorazes não tinha apenas um apelo político muito forte, também havia um apelo visual muito poderoso, através de sua estética , seu figurino e maquiagem, identificando os distritos pelas roupas, pelos adereços e suas cores. A paleta de cores de cada cena transmite por completo o tom, seja de um personagem ou de um local. E nisso a direção de Francis Lawrence está de parabéns, pois conseguiu amarrar todos os filmes usando mais do linhas no roteiro. Aliás, a evolução de Francis como diretor da franquia, desde Jogos Vorazes: Em Chamas, chama atenção. Escolher fazer um filme em com mais de duas horas pode ter sido uma escolha arriscada, porém foi bem executada.

Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes não perde em nada para seus antecessores, muito pelo contrário, pois os superou em diversos momentos. É um prato cheio para o fã fiel dos livros e um convite para retornar a Panem.

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