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NX Zero mostra a força do Rock anos 2000 no Vivo Rio

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Por Cesar Monteiro – Parece que foi ontem mas já faz duas décadas que o mainstream abraçou o rock pela última vez. Se o NX Zero lotou quatro noites no Rio de Janeiro (duas no Qualistage e outras duas no Vivo Rio), é porque se comprova, não só que o público estava com saudades dos rapazes, depois de cinco anos de pausa, como o Emo ainda tem muita força, de modo que não seria correto chamar essa demanda de revival.

Ainda na ressaca sem fim do Rock dos anos 1980 (que atravessou os 90), a indústria parecia ter se interessado pelo recado dado pelo Charlie Brown Jr, Cachorro Grande e o Los Hermanos ainda no final da década anterior. Os anos 2000 se iniciaram assistindo à ascensão do CPM 22 e do Detonautas, que seguiam a linha do Charlie Brown, e do outro lado, os chamados Emo, termo geralmente usado com rostos torcidos pela imprensa musical e amantes do Punk e Heavy Metal. À frete do movimento estavam, além do NX Zero, o Fresno e o Restart.

No último sábado (25), um Vivo Rio lotado assistiu ao show da turnê “Cedo ou Tarde”, que marca a volta da banda paulista composta por Di Ferrero (vocal, violão)), Gee Rocha (guitarra e backing vocal), Dani Weksler (bateria), Caco Grandino (baixo e vocal) e Fi Ricardo (guitarra). “Eu já morei no Rio, mas com esses shows eu estou me sentindo em casa”, disse o vocalista em um momento no show, dada a calorosa recepção. “Só Rezo”, do álbum “Sete Chaves”, de 2009, abriu a apresentação e foi seguida por outro hit, “Daqui Pra Frente”, do “Agora”, de 2009, ambas cantadas em peso pelo público.

Aliás, era nítida a alegria de estar de volta no palco, afirmada a cada vírgula de Di Ferrero. E os cinco anos longe dos palcos parecem não ter afetado a química entre a banda e muito menos o elo com um público tão devoto quanto o de qualquer banda da primeira prateleira dos anos 80. Inclusive era possível constatar a renovação do público, uma vez que a faixa etária não se restringia àqueles que estão hoje na casa dos trinta, que seriam a fanbase, abrangendo uma grande parcela da geração Z.

Além disso, no meio do show houve uma homenagem a Chorão. O vocalista do Charlie Brown Jr., falecido em 2013, aparece no telão fazendo um discurso sobre a importância de se fazer o melhor com a vida, pois ela é uma só, como a deixa para a música Cedo ou Tarde. Di Ferrero nunca escondeu a influência de Chorão, referindo-se a ele como um grande mentor dese o início da banda.

A nova música “Você Vai Lembrar de Mim” teve boa recepção pelo público, embora nada que se possa comparar aos clássicos, sobretudo o maior sucesso da banda, “Razões e Emoções”, que, certamente, foi deixada por último, não por acaso, afinal estremeceu a casa de shows carioca.

A noite foi, surpreendentemente, a demonstração do estrondo causado pelo retorno do NX Zero à cena, que pode, inclusive, indicar não só a retomada de seus contemporâneos como uma leva de sucessores. O momento parece bastante propício.

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