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Fotografo Rogério Reis leva ao Paço Imperial, obras inéditas

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O renomado fotógrafo carioca, Rogério Reis, aos 69 anos está com mais um trabalho inédito, que será exposto no Paço Imperial, com entrada gratuita! A exposição “O que se passa” apresenta mais de 100 obras, divididas em seis séries, e oferece uma visão profunda das interações com a cidade que o artista adquiriu ao longo de seus mais de 45 anos de trajetória. Sua “residência artística”, por assim dizer, é a rua, e, no contexto desta exposição, as areias das praias cariocas.

Rogério Reis
Cachorro, Praia do Diabo Foto: Rogério Reis

“Tenho desinteresse por aspectos contemplativos da paisagem e busco ressignificar o que aparenta ser banal e pouco explorado pela vasta crônica visual das praias da zona sul do Rio de Janeiro. Objetos funcionais, equipamentos esportivos, descartes, vestígios das ressacas e gambiarras que facilitam a vida dos banhistas e profissionais das areias são os protagonistas”, conta Rogério Reis.

A exposição revela o que muitas vezes escapa à nossa atenção, enfatizando a presença de corpos, mesmo quando ausentes. As obras do fotógrafo documentam os vestígios da cultura visual e dos rituais das comunidades nômades à beira da orla carioca.

Trazendo imagens que se concentram nas comunidades de trabalhadores que sobrevivem na região costeira, mas também outras comunidades que veem a praia como um espaço exclusivamente de lazer, e até mesmo seres não humanos, como os cachorros. Através da lente de Rogério Reis, esses seres são capturados no ar, em pleno salto, como se ele concedesse asas àqueles que vivem mais próximos do solo, em um gesto de pura liberdade e vitalidade.

Rogério é fotógrafo independente há quatro décadas. Depois de passar pelo Jornal do Brasil, Globo, Veja se juntou a Agência F4 onde aprendeu a pesquisar e desenvolver seus próprios temas durante os anos 80. Ele não aderiu à arte estritamente engajada em voga quando começou a trabalhar nos anos 70, “Diríamos que sua linguagem estaria talvez mais próxima à poesia marginal e ao movimento de contracultura que surgia com o cinema novo, do que a arte de denúncia; ou seja, tem uma pegada existencialista e crítica, sem ser politicamente dogmática, com foco na liberdade de expressão, e atravessada por um fino senso de humor, de quem não se quer sério”, afirma Paula Terra-Neale, curadora da exposição.

Serviço:
Exposição “O que se passa” – Rogério Reis
Visitação: de 02 de dezembro de 2023 a 24 de março de 2024.
Visitação: terça a domingo e feriados de 12h às 18h
Local: Centro Cultural do Patrimônio Paço Imperial
Praça XV de Novembro, 48. Centro

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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