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“Percy Jackson e os Olímpianos” traz a diversidade étnica e gênero dos livros

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A mais nova e série do Disney Plus, “Percy Jackson e os Olímpianos” chegou no streaming com força, trazendo as legiões que compõe o fandom da obra de Rick Riordan. A trama tem início quando o jovem Percy Jackson (Walker Scobell) descobre ser um semideus, exatamente como nos mitos gregos, que aliás não são mitos. Rumo ao acampamento de treinamento de semideuses, a mãe de Percy some e ele entra em uma missão com Grover (Aryan Simhadri) e Annabeth (Leah Jeffries) para salvá-la, e evitar uma guerra entre os deuses. Parece uma trama simples, e até é, contudo ela contém o início de um grande universo.

 "Percy Jackson e os Olímpianos"

Em 2010 a 20th Century Fox produziu a primeira adaptação de Percy Jackson com Logan Lerman como protagonista, o filme fez relativo sucesso, mas logo foi abandonado pelo estúdio. Só em 2023, após a fusão Fox e Disney, que o anúncio da série surgiu trazendo um furor imenso. Grande parte da positividade e expectativa para com a série se deve a participação de Rick Riordan na produção e como ele estava satisfeito com os resultados. Deixando claro que Riordan odiou por completo as adaptações para o cinema de seus livros. Logo que o elenco foi sendo divulgado o público foi presenteado com uma grande diversidade de atores, que é uma marca dos livros de Rick, a diversidade étnica e gênero. Isso é algo muito sensível dentro da produção, e mostra que a série foi feita para tocar a várias crianças, sendo essa uma produção totalmente voltada para o público infanto-juvenil.

O primeiro ponto de destaque é como a Disney realmente está acreditando neste título, pois não existe poupança no investimento em produção de arte, figurino e cenários. Quando Percy acorda no Acampamento Meio-Sangue é emocionante ver este cenário idêntico à descrição dos livros. Desde as roupas características dos campistas até a arquitetura dos chalés de cada deus. A direção de vários episódios usa muito bem a grandiosidade da mitologia grega e consegue passar essa magnitude de riqueza, além disso, os Efeitos Especiais são de boa qualidade.

Uma marca clara dos livros é a comédia repleta de sarcasmo, isto não é presente na adaptação em sua totalidade, ainda que existe muita comédia física baseada na atuação do elenco. Eis que entra a arte da adaptação, porque grande parte da comédia dos livros se deve a narração do protagonista, como isso não é possível em um seriado, os roteiristas tem que saber como trazer a comédia de outras formas. Eles conseguem na maioria das vezes, algumas mais que outras. A joia dessa produção reside no elenco, principalmente no trio de protagonistas, onde é possível de fato ver a química entre eles e como eles são crianças ainda ao passo que estão amadurecendo. Essa noção é muito importante já que os personagens começam sua jornada como crianças e acabam como quase jovens adultos, aliás, seguindo a mesma fórmula que fez Harry Potter se tornar o sucesso que é.

Agora, existem pequenos deslizes, ou melhor dizendo, decisões criativas questionáveis. Existem duas formas de representar deuses, através de caricaturas ou seriedade. Os livros de Percy Jackson alternam essa dinâmica de forma magistral, por exemplo com Hades, deus dos mortos. No livro, o Rei do Submundo é descrito como o primeiro Deus que Percy realmente achou parecer um Deus, enquanto na série isso foi totalmente desconstruído, dando outra visão. Ao passo existem adaptações que engrandeceram a obra, como a série tratou o estupro de Medusa. O diretor do episódio, Anders Engström, explicou que aqueles que tiverem maturidade vão entender que a personagem sofreu um abuso, enquanto aqueles que são muito novos conseguiram sentir que ela foi traída e machucada de alguma forma. Muito dos livros foi deixado de lado, contudo é necessário entender que não existe tempo hábil para tudo, e mais importante do que copiar a obra original, é adaptá-la de forma que fique ainda melhor.

A primeira temporada de “Percy Jackson e os Olímpianos” começa de forma morna, cativando lentamente com seus personagens e apresentando uma trama de longo desenvolvimento e um universo riquíssimo a ser explorado. Existe uma lacuna dentro do gênero infanto-juvenil dentro do audiovisual, em paralelo a Disney está fazendo de tudo para criar uma nova franquia de sucesso. “Percy Jackson e os Olímpianos” tem a essência da Disney em seu cerne, e esta temporada mostra um potencial imenso para crescimento. O início da série foi bom, todavia é necessário melhorar a cada temporada.

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