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“Crises da república”, de Hannah Arendt, retorna às livrarias brasileiras

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“Crises da república”, de Hannah Arendt retorna às livrarias brasileiras com nova edição e revisão técnica. Publicado pelo selo Crítica da Editora Planeta, “Crises da república” reúne ensaios e entrevistas com uma das maiores filósofas do século XXI e reflete sobre a liberdade pública.

Para Hannah Arendt, filósofa alemã de origem judaica, um dos elementos centrais da vida humana é o fato político, conceito que define a necessidade que uma sociedade institucionalizada por um poder normativo e coercitivo tem de impor regras e utilizar a força de forma disciplinadora. Este pensamento é o que norteia os três ensaios e uma entrevista concedida por Arendt reunidos na obra Crises da república, que chega às livrarias brasileiras em nova edição e revisão técnica pelo selo Crítica da Editora Planeta.

Publicado originalmente em 1972, os textos que compõem o livro foram escritos entre 1968 e 1971, época que ficou marcada pelas lutas por direitos civis, pela Guerra do Vietnã e a efervescência dos movimentos estudantis. Naquele momento, os episódios abalaram as fundações das instituições norte-americanas e impactaram de maneira significativa e irreversível todo o restante do mundo. Atravessada pelos acontecimentos que marcaram o século, Hannah Arendt se debruçou para examinar detalhadamente a distorção da política pela imagem.

Segundo Arendt, o conceito de poder é diferente de violência, assim como a desobediência civil é um direito dos cidadãos. “Somos livres para mudar o mundo e começar algo novo nele. Sem a liberdade mental para negar ou afirmar a existência, para dizer ‘sim’ ou ‘não’ – não apenas a afirmações ou proposições para expressar concordância ou discordância, mas também às coisas como elas são dadas, para além da concordância ou discordância, a nossos órgãos de percepção e cognição –, nenhuma ação seria possível; e ação, é claro, é a verdadeira matéria de que é feita a política.”, escreve a filósofa.

À frente de seu tempo, em Crises da república, Hannah Arendt debate questões políticas latentes para época em que viveu, mas que também estão intrinsecamente conectadas com a conjuntura política contemporânea. Ainda que não se considerasse uma filósofa, mesmo tendo estudado Filosofia, a pensadora se tornou referência nos estudos relacionados à política e regimes totalitários, além de ter influenciado as obras de grandes nomes como Jürgen Habermas, Maurice Merleau-Ponty e Quentin Skinner.

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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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