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Cabíria Festival chega a sua sexta edição

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Com uma programação diversa, contendo obras de diferentes gêneros, debates e atividades formativas, o Cabíria Festival, dedicado à representatividade feminina e à diversidade no audiovisual, chega a sua sexta edição. Em São Paulo, entre os dias 18 e 24 de julho, o CineSesc será palco da mostra de filmes e encontros com cineastas e a ESPM receberá as atividades de formação, entre elas masterclasses, painéis e palestras. Ampliando seu alcance, o festival estará em todo o Brasil através da plataforma Spcine Play, que disponibilizará as obras até o dia 4 de agosto. Toda a programação é gratuita. O 6º Cabíria Festival é realizado pela Laranjeiras Filmes e Sesc São Paulo, com patrocínio da Spcine e Lei Paulo Gustavo.

Uma seleção de 31 produções – entre longas, média e curtas – integram esta edição do festival. No CineSesc concentra-se a Mostra Cabíria, com curadoria da pesquisadora e distribuidora Letícia Santinon e da jornalista e doutoranda em Meios e Processos Audiovisuais (ECA/USP) Mariana Queen Nwabasili. Serão 15 obras distribuídas em sessões seguidas de encontros com cineastas e pensadoras, além de uma sessão especial no domingo, 21, às 15h, dentro do CineClubinho – indicada para todas as idades, que apresentará seis produções com classificação livre, entre elas duas animações. No Spcine Play estarão disponíveis filmes da Mostra Cabíria e uma Mostra Foco da cineasta celebrada da edição, que poderão ser vistos mediante cadastro na plataforma. Confira em www.cabiria.com.br

O recorte curatorial da edição propõe o incentivo à liberdade para abrir os roteiros das histórias e, com isso, borrar as fronteiras narrativas que irradiam da realidade e desafiam a naturalização de conduções narrativas esquemáticas, no cinema e fora dele, para questionar se o presente superou perspectivas ditatoriais, colonialistas e suas hierarquias autorais que estabeleceram canonizações excludentes, levando a uma programação que inclui filmes de ficção, documentário e obras que friccionam de maneira inventiva os limites entre essas instâncias.

Na sessão de abertura, no dia 18, no CineSesc, serão exibidos os icônicos Ôri e Abá, da diretora Raquel Gerber, ambos com montagem de Cristina Amaral, a cineasta celebrada desta edição. Ôrí (1989) foi o primeiro longa da carreira da expoente montadora brasileira, que tem no currículo mais de 60 obras e 14 premiações. Ao longo de sua trajetória, Cristina trabalhou em parceria com diferentes cineastas, com destaque para Carlos Reichenbach, com quem colaborou em Alma Corsária (1993) e mais seis obras; o seu parceiro de vida e trabalho Andrea Tonacci,  com quem montou Serras da desordem (2006), entre muitos outros; além de realizadores contemporâneos como Adirley Queirós e Joana Pimenta, diretores do multipremiado Mato seco em chamas (2023); Jô Serfaty, no longa Um filme de Verão (2019) e Renata Martins no curta “Sem asas” (2019). Um encontro com as cineastas Cristina Amaral e Raquel Gerber está programado para o último dia do festival, com mediação das curadoras.

A sessão de encerramento, no dia 24, será com a obra Terminal Norte, média-metragem da cineasta argentina, Lucrecia Martel. Também neste dia, em evento de encerramento no Cineclube Cortina, serão feitas as premiações do 9º Cabíria Prêmio de Roteiro para a categoria de longa de ficção. A primeira colocada passará a integrar a cobiçada Rede de Talentos do Projeto Paradiso, instituição de promoção do audiovisual brasileiro. Haverá ainda o anúncio do Prêmio Selo ELAS Cabíria Telecine, que oferece ao projeto vencedor uma consultoria com especialistas das equipes Elo Studios e Telecine. O Prêmio Cardume Cabíria, em conjunto com a plataforma de streaming Cardume, premiará três roteiristas para o desenvolvimento de roteiros de curtas-metragens.

Na ESPM, serão realizados encontros que promovem oportunidades para aprendizados e troca de conhecimentos. Para participar, é recomendado se inscrever previamente através do site do festival. Entre essas atividades, destacam-se, duas masterclasses: com a pesquisadora e cineasta Nayla Guerra, que fará uma revisão da história do cinema brasileiro, colocando em primeiro plano filmes de curta-metragem dirigidos por mulheres no período da ditadura civil-militar, e com a roteirista Iana Cossoy Paro que, a partir de questionamentos, fará provocações que estimulem a escrita ou reescrita de relatos para o audiovisual.

Além disso, também tem na programação, o Encontro LAB – Rádio Novelo Apresenta – “As possibilidades do áudio” reunirá as jornalistas Bárbara Rubira, Bia Guimarães e Carol Pires, com mediação de Branca Vianna, para contar histórias apuradas por elas e as estratégias narrativas usadas em cada pauta.

6ª edição do Cabíria Festival Audiovisual também apresenta junto com o Telecine apresenta uma sessão comentada do filme ‘Levante’, longa de Lillah Halla agraciado com o prêmio Fipresci de Cannes — dado por um júri composto por críticos de cinema. A sessão acontece em São Paulo, neste sábado (20), no Teatro da ESPM, a partir das 14h30, e contará com a presença das atrizes Ayomi Domenica e Heloísa Pires, da roteirista María Elena Morán e da diretora de arte Maíra Mesquita. Para participar, basta se inscrever previamente através do formulário disponibilizado no site do festival.

Disponível no catálogo do Telecine, o filme é centrado em Sofia, uma atleta bissexual que descobre uma gravidez indesejada às vésperas de um jogo que pode mudar os rumos de sua carreira. O catálogo oferece também a cinelist Cabíria Festival, que traz uma curadoria feita em conjunto por Cabíria e Telecine e títulos que mostram o cinema feito por mulheres. 

Na TV, o Telecine Cult segue a trilha do ‘Mulheres Fazem Cinema’ e apresenta, a partir das 18h20, uma programação de aquecimento para o festival. O especial inclui os filmes: ‘Ana. Sem Título’, de Lúcia Murat e Stella Rabello; ‘Levante’, de Lillah Halla; ‘Mãe Terra’, de Savannah Leaf; e ‘Saint Omer’, primeiro filme de ficção dirigido por Alice Diop. Confira abaixo o serviço completo do especial.

O Cabíria Festival Audiovisual é um evento anual de difusão de obras realizadas por cineastas mulheres e criadores da comunidade LGBTQIAPN+.

Desde 2015, na articulação de uma Rede de Talentos Femininos do Audiovisual, foi criado inicialmente como um Prêmio de Roteiro dedicado às histórias escritas e protagonizadas por mulheres.

A partir de 2019 a iniciativa se expande para o formato de Festival e promove uma programação em formato híbrido – presencial em São Paulo e online para todo o Brasil – com foco em protagonismo feminino e diversidade.

Através de ações transversais, com uma ampla rede de parcerias, visa impulsionar talentos e contribuir para o debate e ações afirmativas acerca da igualdade de gênero e da diversidade na cadeia produtiva do audiovisual.

Rota Cult
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Redação do site E-mail: contato@rotacult.com.br

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